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Inflação de 2006 sai sexta e deve ficar em 3,15%
Poucos indicadores serão divulgados nesta semana
DA REPORTAGEM LOCAL
Esta semana chega com uma
agenda econômica menos intensa que a anterior. No Brasil,
a divulgação de dados de inflação aparece como o principal
foco dos próximos dias.
Nos Estados Unidos, após a
divulgação de importantes dados na semana passada -como
os do mercado de trabalho e a
ata da última reunião do Fed (o
banco central americano)-,
haverá uma agenda bem menos
carregada até sexta-feira.
A economia norte-americana, a maior do mundo, costuma
ser acompanhada de perto pelos investidores internacionais.
Qualquer dado que desagrade,
ficando distante das expectativas dos analistas, acaba por mexer com o humor do mercado
financeiro global.
De mais relevante, haverá na
quinta-feira a divulgação de dados de novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA na
primeira semana do ano.
Na última sexta-feira, a divulgação de criação de vagas de
trabalho acima do projetado
provocou reação bastante adversa dos mercados mundiais.
As Bolsas terminaram com
perdas nas principais praças financeiras, incluindo os Estados Unidos, Europa e países da
América Latina.
O fato de os dados terem
mostrado que o mercado de
trabalho está mais aquecido
que o esperado fez com que investidores temessem possíveis
futuras pressões inflacionárias
nos Estados Unidos. E se os índices de preços começarem a se
mostrar muito fortes, o Fed pode ficar tentado a voltar a elevar
os juros no país. Um cenário
desses seria bastante ruim para
os países emergentes -dentre
esses, o Brasil.
Em maio, quando o Fed sinalizou que poderia elevar os juros americanos por longo prazo, investidores internacionais
venderam muitas ações de
emergentes. A Bovespa não escapou e enfrentou dificuldades
no período, amargando perdas
por muitos pregões.
Inflação
De mais relevante no Brasil,
será divulgado na sexta-feira o
resultado do IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo)
de dezembro. O mercado espera que o IBGE apresente um índice que mostre alta em dezembro em torno de 0,47%.
No fechamento de 2006, a
expectativa é de que o IPCA fique acumulado em torno de
3,15% -bem abaixo da meta de
inflação de 4,5%.
O IPCA é o índice utilizado
pelo governo para monitorar
sua meta de inflação.
O índice abaixo da meta indica que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) tinha um espaço maior para ter reduzido os juros.
A taxa básica da economia, a
Selic, terminou o ano em
13,25%. A primeira reunião do
Copom de 2007 acontecerá nos
dias 23 e 24 deste mês.
O mercado espera que a taxa
seja reduzida em 0,25 ponto
percentual -mas há analistas
que confiam na possibilidade
os diretores do BC optarem por
uma queda um pouco maior, de
0,50 ponto.
Outros índices de inflação
vão ser conhecidos nesses próximos dias.
Na quarta, a Fipe divulga os
primeiros dados de janeiro para o IPC. No mesmo dia, a FGV
(Fundação Getúlio Vargas)
apresenta o resultado do IGP-DI de dezembro e o fechamento do ano.
Na sexta, o IBGE divulgará o
fechamento do INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) do ano passado. A expectativa é de que o índice mostre inflação de 2,79% acumulada em 2006.
O INPC é o índice que foi definido pelo governo para reajustar os benefícios dos aposentados que ganham acima do
salário mínimo.
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