São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2008

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Aumento de preços prejudica os mais pobres

DA REPORTAGEM LOCAL

Mudar os hábitos alimentares foi a solução encontrada pela auxiliar de limpeza Lícia Novaes Matos, 57, para lidar com a inflação dos alimentos, que teve grande peso no bolso das famílias de baixa renda em 2007.
Ela parou de comprar alface, trocou batata por chuchu e o feijão carioca pelo preto. "A gente procura o que está mais em conta", diz Lícia, que ganha R$ 450 e sustenta dois netos, o marido e a filha, ambos desempregados.
O economista Heron do Carmo, da Faculdade de Economia e Administração da USP, explica que o padrão de inflação registrado em 2007 foi mais intenso para os pobres, que, segundo ele, gastam mais da metade do que ganham com comida.
O economista diz que foi um padrão diferente do que acontecia em anos anteriores, em que a alta de preços era sentida pelas pessoas com renda maior.
Para André Braz, pesquisador da FGV, o aumento da renda dos mais pobres compensou em parte a elevação no preço dos alimentos.
"Houve crescimento da renda, sobretudo das pessoas de baixa renda. [O comprometimento de renda] poderia ter sido maior, se não fosse esse ganho", disse.


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