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Aumento de preços prejudica os mais pobres
DA REPORTAGEM LOCAL
Mudar os hábitos alimentares foi a solução encontrada pela auxiliar de limpeza
Lícia Novaes Matos, 57, para
lidar com a inflação dos alimentos, que teve grande peso no bolso das famílias de
baixa renda em 2007.
Ela parou de comprar alface, trocou batata por chuchu
e o feijão carioca pelo preto.
"A gente procura o que está
mais em conta", diz Lícia,
que ganha R$ 450 e sustenta
dois netos, o marido e a filha,
ambos desempregados.
O economista Heron do
Carmo, da Faculdade de
Economia e Administração
da USP, explica que o padrão
de inflação registrado em
2007 foi mais intenso para os
pobres, que, segundo ele,
gastam mais da metade do
que ganham com comida.
O economista diz que foi
um padrão diferente do que
acontecia em anos anteriores, em que a alta de preços
era sentida pelas pessoas
com renda maior.
Para André Braz, pesquisador da FGV, o aumento da
renda dos mais pobres compensou em parte a elevação
no preço dos alimentos.
"Houve crescimento da
renda, sobretudo das pessoas
de baixa renda. [O comprometimento de renda] poderia ter sido maior, se não fosse esse ganho", disse.
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