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FUSÕES
União entre bancos alemães levaria à criação da maior instituição financeira do mundo, com ativos avaliados em US$ 1,2 trilhão
Deutsche Bank deve se unir a concorrente
das agências internacionais
O anúncio de que o Deutsche
Bank e o Dresdner Bank -respectivamente, primeiro e terceiro
maiores bancos da Alemanha-
estão estudando acordos de cooperação fez com que surgissem
rumores de que os bancos estariam estudando uma fusão.
Caso essa união se concretize, o
resultado vai ser a criação da
maior instituição financeira do
mundo, com ativos estimados em
US$ 1,2 trilhão.
Em nota divulgada à imprensa,
o Deutsche não confirma a fusão.
O banco diz apenas que as empresas estão estudando um "um amplo acordo de cooperação" e que
"as negociações estão em um estágio avançado", mas não entra
em maiores detalhes.
Hoje, os conselhos de administração do Deutsche e do Dresdner
irão se reunir para discutir os últimos detalhes desse acordo.
Analistas de mercados esperam
que a fusão entre os bancos alemães seja anunciada ainda esta
semana.
Varejo
No ano passado, os mesmos
bancos negociavam a unificação
de suas operações no varejo bancário, mas acabaram não chegando a um acordo.
Agora, existe a possibilidade de
tanto o Deutsche quanto o Dresdner transferirem essas operações
para a seguradora Allianz, acionista de ambos os bancos.
Isoladamente, as operações no
varejo são pouco lucrativas para
os dois bancos. Concentrando as
operações em uma única empresa, seria possível cortar custos e
aumentar a rentabilidade do negócio.
Além disso, Deutsche e Dresdner poderiam se concentrar apenas nos bancos de investimento.
"Ameaça" estrangeira
Os bancos alemães, em geral,
apresentam uma lucratividade
menor do que outros bancos estrangeiros, e as fusões podem ser
um meio de as instituições inverterem essa situação.
O Deutsche, por exemplo, teve,
em 1999, um lucro equivalente a
9,9% de seu patrimônio, contra
14% do norte-americano Citigroup e 15% do suíço Credit Suisse.
Com a fusão, os bancos alemães
poderiam operar com custos menores e estariam mais bem preparados para concorrer com os estrangeiros.
O mercado especula que outros
bancos alemães poderiam se unir,
já que há a percepção de que existem bancos em excesso no país e
que seria necessário um "enxugamento".
Maior do mundo
Caso a fusão entre os bancos
alemães se concretize, será a segunda vez que o Deutsche irá ocupar o posto de maior banco do
mundo. Em junho de 1999, ele já
havia alcançado essa posição ao
comprar o Bankers Trust, então
oitavo maior banco dos EUA,
concentrando US$ 800 bilhões
em ativos.
Meses depois, os alemães foram
"ultrapassados" pela união dos
bancos japoneses Sumitomo e Sakura, que possuem ativos estimados em US$ 925 bilhões.
Não deve ser por muito tempo,
porém, que o Deutsche vai manter a posição no topo do ranking.
A fusão entre os japoneses Banco
Industrial do Japão, Dai-Ichi
Kangyo e Fuji Bank, que ainda está sendo analisada, deverá criar
uma companhia com ativos estimados em US$ 1,3 trilhão.
Os rumores sobre a fusão acabaram puxando a alta da Bolsa de
Frankfurt, em um dia em que os
mercados europeus registraram
baixa, puxados pelo mau desempenho da Bolsa de Nova York. As
ações do Deutsche Bank subiram
8,45%. As do Dresdner, 20%.
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