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PREÇOS
Após alta em fevereiro, agora tendência é de queda
Alimentos deixarão de pressionar a inflação neste mês, prevê a Fipe
DA REPORTAGEM LOCAL
Os alimentos podem deixar de
ser os grandes responsáveis pela
pressão na inflação deste mês, segundo a Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas).
No mês passado, ao contrário
da deflação esperada, o que se registrou foi uma alta de 0,26% no
IPC (Índice de Preços ao Consumidor) em São Paulo. Na lista, o
item alimentação registrou aumentos médios de 0,87% -e teve
como vilões os chamados produtos ""in natura" que, no mês, subiram 3,8%. No ano, esses produtos
apresentam alta de 6,69%.
""Se considerarmos a série histórica, o previsto é que os preços se
estabilizem na alta, permaneçam
algum tempo assim, mas depois
iniciem a queda", diz Heron do
Carmo, diretor da Fipe.
O economista também argumenta que fatores sazonais (excesso de chuvas em janeiro e fevereiro) acabam sendo determinantes na composição de preços de
produtos hortifrutigranjeiros.
""Em dois meses, já subiram mais
de 6%, quando a inflação do ano
passado todo ficou na casa de 4%.
O normal é que não continuem
subindo", diz Heron do Carmo.
Para Paulo Sidney Melo Cota,
da FGV, o grupo alimentação pode continuar a pressionar a inflação. Mas ele diz que, enquanto
itens como hortifrutigranjeiros e
leite seriam as ameaças, a pressão
poderia ser minimizada pela queda dos preços de produtos como
feijão e arroz, em plena safra.
No caso do leite, responsável sozinho por 35% da inflação de fevereiro, há uma explicação, pelo
menos do lado dos produtores.
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada), em novembro, com os
mais baixos preços de 2001, muitos produtores diminuíram os investimentos. Resultado: agora há
menor oferta.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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