DA SUCURSAL DO RIO

No final de sua visita ao Rio de Janeiro, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu as mudanças no cálculo da Taxa Referencial (TR), que corrige a caderneta de poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
"[A TR] já baixou e, se Deus quiser, vai baixar um pouco mais", disse ele.
A frase foi dita na cerimônia de inauguração de quatro conjuntos habitacionais em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Os 889 apartamentos, que fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial, da Caixa Econômica Federal, terão até 15 anos para ser quitados, e o reajuste é pela TR mais 3% de juros ao ano.
Lula já tinha encerrado seu discurso de 15 minutos quando voltou ao microfone para dizer que a TR ainda poderá baixar mais.
Antes, ele lembrou das suas dificuldades para ter um teto na década de 1970, quando ainda era metalúrgico no ABC paulista.
"Eu me casei e fui morar de aluguel. Achava o dinheiro mais amaldiçoado... Era trabalhar o mês inteiro, chegar no fim do mês, pegar uma parte do salário e pagar o aluguel, que eu sabia que não era meu, que não ia ter retorno", disse o presidente, ao lado do governador Sérgio Cabral.
Lula entregou a chave para duas moradoras. Os arrendatários dos apartamentos poderão saldar a prestação em cinco anos.


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