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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Meirelles é eleito presidente do Conselho das Américas do BIS
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles,
deve anunciar hoje que foi eleito presidente do Conselho das
Américas, do BIS (Banco de
Compensações Internacionais), considerado o banqueiro
central dos bancos centrais,
com sede em Basileia (Suíça).
Meirelles tem declarado que
ainda não decidiu se vai continuar no BC brasileiro, mas que
se dedicará ao cargo pelo menos até o dia 2 de abril.
A presidência do Conselho
das Américas não é considerada conflitante com o comando
de um banco central, por não
exigir dedicação integral. O
mandato é de dois anos.
O conselho coordena as atividades do BIS nos EUA, Canadá
e América Latina em vários âmbitos, da regulação à tecnologia
e questões comerciais.
Entre as iniciativas do conselho na região está a criação de
um fundo de títulos latino-americanos. A ideia é promover
a consolidação nos mercados
de capitais na América Latina.
O Brasil tem a proposta de se
tornar um centro financeiro da
região, mas outros países pretendem ter maior financiamento, volume e ver seu mercado crescer em importância.
Outra função do conselho é
levar a posição da região para o
banco. Os asiáticos já se agruparam dessa maneira e os europeus têm no Banco Central Europeu essa coordenação.
Ratreabilidade dos remédios preocupa setor
Os atacadistas de medicamentos pleiteiam no governo medidas para desatar o
setor de distribuição no país.
O rastreamento de remédios e os impostos são os
principais problemas, segundo a Abradilan (associação
dos distribuidores de Laboratórios Nacionais).
"O ICMS é um dos entraves que prejudicam a distribuição de medicamentos.
Cada Estado tem uma regra
diferente", diz Geraldo Monteiro, diretor da Abradilan.
A carga tributária aplicada
aos remédios representa, em
média, 35% do preço ao consumidor. O alto custo inibe
novos investimentos e favorece a informalidade.
A proposta da associação é
reduzir o ICMS em toda a cadeia farmacêutica para 12%.
Quanto à rastreabilidade,
Monteiro diz que a medida
não é efetiva. "Medicamento
é o segundo produto mais
roubado no país."
FLOR E ESSÊNCIA
A Kenzo lança hoje uma
linha feminina de perfumes
a "Essentielle" e, em outubro, uma linha de fragrâncias para homens. Para
2011, a grife já decidiu trazer de volta ao Brasil sua linha de tratamento de beleza, que foi retirada do mercado brasileiro. A "Flower"
é a segunda linha do gênero
mais vendida no Brasil, e é
uma das cinco marcas mais
comercializadas do mundo.
O bom dos produtos de
beleza Kenzo Ki ( que significa "energia interior"),
segundo a diretora da marca, é que "eles não fazem
promessas. E são produzidos com matérias rigorosamente naturais, como lótus, arroz e bambu". As
vendas vão bem, 2011 deverá ser igualmente promissor, mas a tributação continua a mesma. Só de IPI, os
perfumes importados têm
cerca de 42%, diz ela.
"Por isso, nossas peças
são mais caras que no exterior", diz Rouillé.
A FILA ANDA
Marcos Quintela faz as
primeiras grandes mudanças na Young&Rubicam,
desde que assumiu a presidência da agência, neste
ano. Sylvia Panico assume
a vice-presidência-executiva e o francês David Laloum passa a comandar a
vice-presidência de Planejamento. A agência tem sido líder do ranking brasileiro em volume anunciado, nos últimos oito anos
consecutivos, de acordo
com o Instituto Ibope Monitor. Para Quintela, o
mercado vem se tornando
cada vez mais competitivo.
Não existem mais os longos e abrangentes contratos de outros tempos.
"Hoje, grande parte dos
clientes tem mais de uma
agência, divide as contas.
É trabalho por trabalho",
diz Quintela, que quer ter
em sua carteira, clientes
dos setores que ainda não
estão na Y&R, como carros e bebidas. "Quem é líder, tem mais a perder. Se
não correr, a fila anda."
NOVOS RUMOS 1
Dalva Fazzio, que agora
dirige sozinha a Matisse, disse que um dos motivos para
a saída de Paulo de Tarso
Santos da sociedade na
agência de comunicação foi
a discordância em relação ao
futuro da empresa.
NOVOS RUMOS 2
A Matisse acaba de renovar seu contrato com a Secom (Secretaria de Comunicação Estratégica da Presidência da República) por R$
150 milhões. Clientes de vários governos representam,
atualmente, cerca de 70% do
faturamento da agência, e
Fazzio deseja conquistar
mais contas de companhias
privadas daqui para a frente.
"O Paulo tem toda uma história de trabalho na iniciativa pública", explica ela.
JUSTIÇA
A quarta edição do Anuário da Justiça 2010, publicação do Consultor Jurídico,
com apoio da FAAP, traz as
principais decisões tomadas
pelo Poder Judiciário no ano
passsado. A obra revela que
o Distrito Federal é a unidade da Federação mais inconstitucional do Brasil. As
seis leis produzidas pela Câmara Distrital foram revogadas.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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