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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa chegou a subir 3,1%, mas reduziu a 5ª alta seguida para 0,58% com desaceleração no exterior
Realização de lucros tira fôlego da Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
O desenrolar da guerra no Iraque no final de semana fez os
mercados iniciarem as negociações ontem com forte otimismo,
na aposta em um final próximo
para o conflito. A Bovespa chegou
a subir 3,1%, mas, durante a tarde,
a desaceleração observada nos
mercados internacionais repercutiu internamente e o índice fechou em alta de apenas 0,58%, aos
12.135 pontos.
O volume de R$ 828,9 milhões
foi mais uma vez acima da média
do ano da Bolsa.
Segundo analistas, um dos motivos para que a valorização das
ações não se sustentasse durante
todo o dia foi a euforia da abertura e a posterior realização de lucros. Ontem foi o quinto pregão
consecutivo de alta na Bovespa.
A contínua queda dos índices
inflacionários também tem sido
comemorada. Segundo operadores, com a desaceleração da inflação, os investidores esperam a diminuição da Selic (taxa básica de
juros) e o aumento do capital direcionado ao mercado de capitais.
Para eles, a queda dos juros é um
dos fatores essenciais para que a
alta observada nas últimas semanas se consolide no segundo semestre.
Além da influência internacional e dos indicadores externos positivos, os analistas ressaltam que
após a forte queda do segundo semestre do ano passado a Bovespa
ainda passa por um período de recuperação e que o fluxo de recursos direcionados para países
emergentes nos últimos meses
tem colaborado para a valorização dos papéis.
Das dez ações mais negociadas
no pregão de ontem, seis fecharam em alta, com destaque negativo para Petrobras PN, que caiu
2,5%, e Petrobras ON, que se desvalorizou em 2,34%.
Um dos destaques de alta foram
as ações da Embratel, com valorização de 4,9% das PNs e 4,2% das
ONs. A principal justificativa para
a alta foi a divulgação na última
sexta-feira do programa de financiamento da empresa, que já era
esperado pelos analistas, mas
mesmo assim colaborou para que
alguns investidores aumentassem
a participação das ações da instituição em suas carteiras.
As maiores altas do pregão foram Light ON (8,7%), Banco do
Brasil ON (5,9%) e Tractebel ON
(5,3%). As maiores baixas foram
Embraer ON (4,6%), Cemig ON
(4,3%) e Cesp PN (3,8%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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