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São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa chegou a subir 3,1%, mas reduziu a 5ª alta seguida para 0,58% com desaceleração no exterior

Realização de lucros tira fôlego da Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

O desenrolar da guerra no Iraque no final de semana fez os mercados iniciarem as negociações ontem com forte otimismo, na aposta em um final próximo para o conflito. A Bovespa chegou a subir 3,1%, mas, durante a tarde, a desaceleração observada nos mercados internacionais repercutiu internamente e o índice fechou em alta de apenas 0,58%, aos 12.135 pontos.
O volume de R$ 828,9 milhões foi mais uma vez acima da média do ano da Bolsa.
Segundo analistas, um dos motivos para que a valorização das ações não se sustentasse durante todo o dia foi a euforia da abertura e a posterior realização de lucros. Ontem foi o quinto pregão consecutivo de alta na Bovespa.
A contínua queda dos índices inflacionários também tem sido comemorada. Segundo operadores, com a desaceleração da inflação, os investidores esperam a diminuição da Selic (taxa básica de juros) e o aumento do capital direcionado ao mercado de capitais. Para eles, a queda dos juros é um dos fatores essenciais para que a alta observada nas últimas semanas se consolide no segundo semestre.
Além da influência internacional e dos indicadores externos positivos, os analistas ressaltam que após a forte queda do segundo semestre do ano passado a Bovespa ainda passa por um período de recuperação e que o fluxo de recursos direcionados para países emergentes nos últimos meses tem colaborado para a valorização dos papéis.
Das dez ações mais negociadas no pregão de ontem, seis fecharam em alta, com destaque negativo para Petrobras PN, que caiu 2,5%, e Petrobras ON, que se desvalorizou em 2,34%.
Um dos destaques de alta foram as ações da Embratel, com valorização de 4,9% das PNs e 4,2% das ONs. A principal justificativa para a alta foi a divulgação na última sexta-feira do programa de financiamento da empresa, que já era esperado pelos analistas, mas mesmo assim colaborou para que alguns investidores aumentassem a participação das ações da instituição em suas carteiras.
As maiores altas do pregão foram Light ON (8,7%), Banco do Brasil ON (5,9%) e Tractebel ON (5,3%). As maiores baixas foram Embraer ON (4,6%), Cemig ON (4,3%) e Cesp PN (3,8%).
(GEORGIA CARAPETKOV)


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