São Paulo, sábado, 08 de abril de 2006

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PÉ NO ACELERADOR

Segundo o IBGE, avanço em fevereiro ocorreu em 11 das 14 regiões pesquisadas; média foi de 5,4%

Bem de consumo eleva produção industrial

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

A produção industrial cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado. O comportamento do setor foi ditado pelo maior dinamismo na produção de bens de consumo, como celulares, televisores, alimentos e bebidas, e pelo crescimento da indústria extrativa, com destaque para petróleo e minério de ferro.
Em termos percentuais, o Amazonas liderou o desempenho regional e cresceu 18%, muito acima da média nacional. A expansão foi puxada pela produção de material eletrônico e equipamentos de telecomunicações. A segunda maior taxa foi registrada no Rio de Janeiro (9,9%), impulsionado pela extração de petróleo.
A taxa de crescimento da produção industrial de São Paulo foi de 5,1%, levemente abaixo da média nacional de fevereiro, de 5,4%.
Segundo Fernanda Vilhena, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, essa é a quinta taxa positiva seguida e refletiu a expansão de 15 dos 20 ramos industriais pesquisados. "São Paulo registrou aumento mais generalizado da produção."
Os principais destaques foram: farmacêutica (36,4%), máquinas e equipamentos (7,8%) e veículos automotores (5,0%). Em compensação, as principais pressões negativas vieram de produtos de metal (-10,4%), metalurgia básica (-5,8%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-5,8%).
A região Sul do país apresentou desempenho na contramão da indústria nacional: em Santa Catarina, a indústria recuou 0,2%; no Rio Grande do Sul, a retração foi de 1,3%; e, no Paraná, a queda chegou a 7,4%.
Segundo Vilhena, a indústria nacional está invertendo a tendência de queda verificada no segundo semestre do ano passado.
"Nas regiões, o cenário predominante é de reversão do processo de desaceleração, que pode ser verificado na passagem do quarto trimestre [do ano passado] para o primeiro bimestre deste ano."
Em 2005, a indústria gaúcha foi prejudicada pelo desempenho da agricultura, em razão de problemas climáticos que causaram quebra de safra e redução nas projeções de investimentos. Com isso, o setor de máquinas e equipamentos agrícolas contribuiu para puxar os resultados para baixo. Em fevereiro, a produção de máquinas e equipamentos caiu 17%, a de calçados e artigos de couro recuou 8,6% e a de produtos de metal teve queda de 16,2%. A retração da indústria gaúcha já foi mais intensa: no quarto trimestre de 2005, ela havia recuado 3,9%. No primeiro bimestre deste ano, a queda foi de 1,9%.


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