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PÉ NO ACELERADOR
Segundo o IBGE, avanço em fevereiro ocorreu em 11 das 14 regiões pesquisadas; média foi de 5,4%
Bem de consumo eleva produção industrial
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
A produção industrial cresceu
em 11 das 14 regiões pesquisadas
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em fevereiro na comparação com igual
mês do ano passado. O comportamento do setor foi ditado pelo
maior dinamismo na produção
de bens de consumo, como celulares, televisores, alimentos e bebidas, e pelo crescimento da indústria extrativa, com destaque
para petróleo e minério de ferro.
Em termos percentuais, o Amazonas liderou o desempenho regional e cresceu 18%, muito acima
da média nacional. A expansão foi
puxada pela produção de material
eletrônico e equipamentos de telecomunicações. A segunda
maior taxa foi registrada no Rio
de Janeiro (9,9%), impulsionado
pela extração de petróleo.
A taxa de crescimento da produção industrial de São Paulo foi
de 5,1%, levemente abaixo da média nacional de fevereiro, de 5,4%.
Segundo Fernanda Vilhena,
economista da Coordenação de
Indústria do IBGE, essa é a quinta
taxa positiva seguida e refletiu a
expansão de 15 dos 20 ramos industriais pesquisados. "São Paulo
registrou aumento mais generalizado da produção."
Os principais destaques foram:
farmacêutica (36,4%), máquinas
e equipamentos (7,8%) e veículos
automotores (5,0%). Em compensação, as principais pressões
negativas vieram de produtos de
metal (-10,4%), metalurgia básica
(-5,8%) e perfumaria, sabões e
produtos de limpeza (-5,8%).
A região Sul do país apresentou
desempenho na contramão da indústria nacional: em Santa Catarina, a indústria recuou 0,2%; no
Rio Grande do Sul, a retração foi
de 1,3%; e, no Paraná, a queda
chegou a 7,4%.
Segundo Vilhena, a indústria
nacional está invertendo a tendência de queda verificada no segundo semestre do ano passado.
"Nas regiões, o cenário predominante é de reversão do processo de desaceleração, que pode ser
verificado na passagem do quarto
trimestre [do ano passado] para o
primeiro bimestre deste ano."
Em 2005, a indústria gaúcha foi
prejudicada pelo desempenho da
agricultura, em razão de problemas climáticos que causaram
quebra de safra e redução nas
projeções de investimentos. Com
isso, o setor de máquinas e equipamentos agrícolas contribuiu
para puxar os resultados para baixo. Em fevereiro, a produção de
máquinas e equipamentos caiu
17%, a de calçados e artigos de
couro recuou 8,6% e a de produtos de metal teve queda de 16,2%.
A retração da indústria gaúcha já
foi mais intensa: no quarto trimestre de 2005, ela havia recuado
3,9%. No primeiro bimestre deste
ano, a queda foi de 1,9%.
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