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OPERAÇÃO NARCISO
A pedido da Daslu, Justiça reconvoca testemunhas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça Federal de Guarulhos
vai ouvir novamente todas as testemunhas de acusação no processo movido contra Eliana Tranchesi, proprietária da Daslu, e seu
irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da
loja, por suspeita de irregularidades em importações da butique.
Tranchesi, Piva de Albuquerque
e donos de quatro importadoras
que fizeram operações com a loja
são réus em processo criminal iniciado no ano passado. São acusados de crimes de fraudes na importação da butique, formação de
quadrilha e falsidade ideológica.
Eles negam irregularidades nas
importações da loja. Em seu depoimento à Justiça, Tranchesi
afirmou que, caso tenha havido
irregularidades nas operações da
Daslu, teriam sido cometidas sem
o seu conhecimento.
As testemunhas de acusação serão reconvocadas a pedido da defesa da Daslu, que alegou ter sido
prejudicada pelo fato de Piva de
Albuquerque não estar presente
nos primeiros depoimentos das
testemunhas.
A juíza da 2ª Vara Federal de
Guarulhos, Maria Isabel do Prado, informou, por meio da assessoria da Justiça Federal, que os
advogados de defesa haviam pedido nulidade de todos os depoimentos. "A juíza não decretou a
nulidade, mas acolheu o pedido
para reinquirir as testemunhas",
informou a assessoria.
O procurador Matheus Baraldi
Magnani, que atua no caso, havia
informado à Folha no início de
março que a Daslu utilizava estratégias jurídicas para atrapalhar o
andamento do processo em que
são acusados de subfaturar as importações para burlar o fisco e fugir do pagamento de tributos.
Na ocasião, disse: "Como será
muito difícil se defenderem das
provas materiais, porque a denúncia está muito bem fundamentada, eles vão se amparar em
estratégias processuais".
Duas testemunhas de acusação
afirmaram à Justiça que a loja estava envolvida em prática de subfaturamento. Uma delas é uma
ex-gerente de importação da Daslu, que afirmou que Tranchesi estava diretamente envolvida no suposto esquema. Mariangela Tranchesi, ex-cunhada de Tranchesi,
também confirmou o subfaturamento de mercadorias por meio
de notas fiscais fraudadas.
Uma ex-funcionária do setor de
importados, afirmou, entretanto,
que Tranchesi não tratava da parte administrativa e financeira da
loja. Essa função, segundo ela, seria exercida por seu irmão.
(CR)
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