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PREÇOS
Índice fecha período em alta de 0,82%; transporte, saúde e habitação pesam
Álcool pressiona inflação da 3ª idade no trimestre
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
O IPC-3i (Índice de Preços ao
Consumidor da Terceira Idade)
registrou inflação de 0,82% no
primeiro trimestre deste ano. A
alta, de acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas), foi primordialmente por causa do impacto do aumento do preço do álcool combustível.
O resultado do índice divulgado
ontem é 0,97 ponto percentual
menor do que o mesmo período
do ano passado (1,79%). O índice
medido nos três primeiros meses
do ano também é inferior ao
quarto trimestre do ano passado,
quando o índice registrado foi
1,54%.
O IPCA (Índice dos Preços ao
Consumidor Amplo), calculado
pelo IBGE, fechou o primeiro trimestre em alta de 1,44% (leia texto à pág. B13).
De acordo com a FGV, as maiores contribuições partiram dos
grupos Transportes, Saúde e Cuidados Pessoais e Habitação, que
responderam juntos por mais de
83% do resultado acumulado pelo
IPC-3i.
Apesar de corresponder a apenas 8,01% do orçamento doméstico das pessoas da terceira idade, o
grupo Transporte respondeu por
41,16% da variação do índice no
primeiro trimestre do ano por
causa dos reajustes. O grande vilão foi o o álcool combustível, que
subiu 30,46% no primeiro trimestre deste ano, enquanto no último
trimestre do ano passado o aumento registrado foi de 15,48%.
A classe Saúde e Cuidados Pessoais contribuiu com 27,18% do
IPC-3i, em particular por causa
do reajuste de planos de saúde,
que variou 2,80%. A diferença entre esse grupo no IPC-3i e do IPC-BR é de cinco pontos percentuais.
Enquanto no IPC-3i os gastos
com saúde correspondem a
15,05% do índice, no IPC-BR o
peso cai para 10,05%.
No setor de Habitação, que pesa
33,04% no cálculo do índice, os
reajustes nas tarifas de água, luz e
telefone foram as responsáveis
pela variação de 0,37%. Os destaques no grupo foram o gás de bujão (2,80%), taxas de água e esgoto (1,83%) e aluguel (1,06%).
Frango
No item Alimentação, a variação foi de 0,22%, em relação ao
quarto trimestre do ano passado.
A queda de preços dos frango
-em pedaços, a redução foi de
11% e inteiro foi de 14%- e das
hortaliças e legumes foi compensada pelo aumento do açúcar. O
refinado subiu 29,35% e o cristal
subiu 27,83%.
Entre os legumes, a batata foi a
que sofreu a maior queda de preços. Ela havia registrado alta de
83,89% no último trimestre do
ano passado, registrou deflação
de 6,95% nos primeiros três meses do ano. O frango, de acordo
com a fundação, corresponde a
1% das despesas de famílias com
idosos. No caso do IPC-BR, o
frango é responsável por 0,71%
das despesas.
A única variação negativa registrada foi no setor de Vestuário,
que registrou -3,11%, devido às
promoções de verão nos três primeiros meses do ano. No último
trimestre do ano passado, o grupo
Vestuário havia registrado variação de 2,05%.
Metodologia
O IPC-3i foi calculado a partir
de dados da última POF (Pesquisa
de Orçamentos Familiares do biênio 2002/03. Foram entrevistadas
1.384 famílias que têm mais da
metade de seus integrantes acima
dos 60 anos e renda mensal entre
um e 33 salários mínimos.
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