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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
Confiança do consumidor continua a cair, diz Fecomercio
O ciclo de queda do ICC (Índice de Confiança do Consumidor), medido pela Fecomercio-SP, continua em abril. Os consumidores estão 2,6% menos
confiantes na economia neste
mês que em março. Em relação
a abril do ano passado, o índice
está 16% abaixo do patamar registrado no mês.
O ICC é um indicador que reflete uma média entre as expectativas dos consumidores para
as economias atual e futura. Ao
todo, foram consultadas cerca
de 2.000 pessoas no município
de São Paulo.
A pesquisa indica que a confiança da população para a economia neste momento melhorou 1,47% neste mês. O indicador que mede as expectativas
para o futuro, no entanto, depreciou-se em 4,9% em abril na
comparação com março.
"Esse resultado aponta que a
população acredita que o processo de deterioração da economia já acabou, mas que a recuperação vai demorar", afirma
Fábio Pina, economista da Fecomercio SP.
Segundo ele, uma queda na
confiança futura da população
significa que o horizonte de
consumo do país é de um prazo
cada vez mais curto.
"O consumidor desconfia
mais neste mês de sua capacidade de pagamento no futuro
que em março", diz.
Essa desconfiança pode influenciar negativamente o consumo de bens duráveis, como
máquinas industriais e automóveis, negociados com base
em formas de pagamento de
médio e longo prazo, diz Pina.
Mas, se as perspectivas para
o futuro pioraram, a percepção
do presente melhorou, de acordo com a pesquisa da Fecomercio SP. Para Pina, a melhora da
confiança na economia atual
pode ter sido impulsionada pelos bons dados econômicos recentemente divulgados.
Um dos exemplos foi o saldo
positivo de vagas formais registrado pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) em fevereiro. Outro
é o recorde histórico de licenciamentos de veículos alcançado em março deste ano pelo setor automotivo.
DE OLHO NA CONTA
Yon Moreira da Silva Junior, ex-Telefônica e ex-BrasilTelecom, anuncia hoje a criação da EuTV, empresa que lançará
no Brasil um modelo de celular que vem homologado pela
Anatel para operar com dois números diferentes e para captar a programação de TV aberta. Com custo de R$ 799, o
aparelho será vendido no Brasil apenas pela internet e pelo
telefone. De acordo com Silva, a companhia quer conquistar
clientes interessados em economizar com telefonia, usando
duas operadoras ou dois DDDs diferentes. Importados da
chinesa E-Techco, a meta da empresa é vender entre 30 mil
e 40 mil aparelhos no Brasil neste ano. Mais do que os importadores e fabricantes de aparelhos disponíveis no mercado, Silva considera que o contrabando será o maior concorrente da nova empresa. O empresário estima que mais de
100 mil celulares similares ao que lançará no Brasil entram
no país de forma ilegal por mês.
SEM DEFESA
A falta de investimento do Brasil em advocacia corporativa nos EUA aumenta seu gasto com taxas para exportar
ao país, segundo Robert Kabel, da Baker & Daniel's Consulting. Segundo ele, há dispositivos legais nos EUA para
a isenção tributária em até 3.400 produtos. Apenas 14%
das exportações brasileiras recebem o benefício -segundo estudo, com atuação jurídica o percentual poderia dobrar.
MADE IN BRAZIL
A Brinquedos Estrela, que
em 2008 importou 50% de
sua produção da China, neste ano de crise, vai produzir
em suas duas fábricas brasileiras 70% da linha. A ideia
de Carlos Tilkian, presidente
da empresa, é cortar custos e
aumentar vendas em 20%.
DE BRINQUEDO
A Estrela ainda quer aplicar R$ 10 milhões em publicidade e viabilizar uma terceira unidade fabril na cidade de Ribeirópolis, em Sergipe. Em evento em SP, na
próxima semana, a empresa
apresentará uma boneca que
cresce dez centímetros.
GASODUTO
A ArcellorMittal Juiz de
Fora está finalizando a construção de um gasoduto para
levar o gás natural gerado na
produção de gusa ao processo produtivo do aço longo. A
ação cortará em 80% o consumo de gás. A estimativa da
empresa é economizar R$ 18
milhões ao ano.
NA ESTRADA
O Expresso Araçatuba
passou a operar, neste mês,
uma nova rota que liga São
Paulo à Bolívia, para tentar
reduzir em quase 700 km o
trajeto até Santa Cruz de La
Sierra e diminuir os custos
da viagem.
VINÍCOLA
Marcio Toledo, presidente
do Jockey de São Paulo e dono da importadora TradeBanc, que traz vinhos da região do Abruzzo, atingida pelo terremoto na Itália, afirma que os negócios não serão afetados pela tragédia.
"Os vinhedos não foram
atingidos. O estrago foi muito mais urbano e acredito
que continuarão vendendo."
APOSTA
Desde novembro, Marcio
Toledo tem parceria com o
By Abruzzo, entidade da Secretaria da Agricultura do
Estado do Abruzzo no Brasil,
para importar vinhos da região. Há cerca de um ano, a
Feabra (Federação de Associações de Abruzzes do Brasil) inaugurou uma sede em
São Paulo para promover o
turismo e a enogastronomia
da região. O Abruzzo é um
dos maiores Estados produtores de vinho da Itália, com
cerca de 400 milhões de litros por ano.
ÀS COMPRAS
A Arsenal Investimentos
assessorou a Springs Global
na aquisição do controle da
MMartan.
INDEPENDÊNCIA
O Banco do Brasil aprovou
a criação de quatro superintendências de Negócios, Varejo e Governo no Acre,
Amapá, Rondônia e Roraima. Hoje, o banco possui gerências regionais nesses Estados, subordinadas a outras
superintendências.
OPORTUNIDADE
Com a nova estrutura, o
Banco do Brasil quer prestar
atendimento focado nas necessidades dos Estados e fortalecer a relação com os governos estaduais e municipais. Outro motivo para a
criação das superintendências é que a construção de hidrelétricas na região e a ampliação da infraestrutura de
transporte são vistas pelo
banco como oportunidades
de novos negócios.
COLCHÃO
O Banco do Brasil vai lançar hoje uma nova opção de
investimento, o BB CDB DI
Parceria. A modalidade oferece rentabilidade progressiva -quanto mais tempo o
cliente deixar seu dinheiro
aplicado, maior será a taxa
de remuneração. A aplicação
mínima é de R$ 500.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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