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Lenovo fecha a compra da Positivo, diz agência
Fabricante chinês acertou a aquisição da líder do mercado no Brasil, afirma a Xinhua
Positivo nega negociações para a venda; segundo a agência de notícias, Lenovo confirma que executivo veio ao Brasil negociar acordo
DA REPORTAGEM LOCAL
A agência de notícias chinesa
Xinhua informou ontem que a
fabricante chinesa de computadores Lenovo comprou a Positivo Informática, líder do mercado de PCs no Brasil. O valor
não foi revelado.
Citando fontes próximas à
Lenovo, a agência afirmou que
as negociações chegaram ao final depois que o gerente-geral
da Lenovo, Xia Li, veio ao Brasil
para acertar detalhes da operação com os controladores da
Positivo, no final de 2009.
Ainda segundo a agência, o
departamento de relações públicas da empresa chinesa confirmou a viagem de seu executivo ao Brasil, mas não comentou
sobre a compra da Positivo.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a Positivo negou ter
recebido Xia Li no final de
2009. A companhia informou
que não foi vendida e que não
existe qualquer negociação em
andamento neste momento.
A Lenovo já tinha feito uma
oferta à Positivo no final de
2008. Naquela ocasião, a fabricante brasileira também desmentiu os rumores de que havia uma negociação. Acabou
publicando um comunicado na
CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) em que afirmou
ter negado a oferta de R$ 18 por
ação da Lenovo, totalizando R$
1,6 bilhão pela companhia.
Dias antes dessa confirmação, as ações da Positivo subiram de R$ 8,14 para R$ 23, o
que levou a CVM a abrir um
processo para investigar o suposto vazamento de informações ao mercado. A investigação ainda está em curso. No
pregão de ontem, o lote de mil
ações da empresa fechou em R$
17,80, alta de 0,84%.
A Positivo detém 21,5% de
participação de mercado e seu
valor é da ordem de R$ 2,2 bilhões. Para a chinesa, a compra
da brasileira significa saltar para a liderança no país, algo que
ela tenta há quatro anos, desde
a compra da divisão de PCs da
IBM. Apesar da crise mundial,
o momento é oportuno. Estudos indicam que o Brasil será o
terceiro maior mercado de
computadores neste ano, perdendo para EUA e China.
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