São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2010

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Lenovo fecha a compra da Positivo, diz agência

Fabricante chinês acertou a aquisição da líder do mercado no Brasil, afirma a Xinhua

Positivo nega negociações para a venda; segundo a agência de notícias, Lenovo confirma que executivo veio ao Brasil negociar acordo

DA REPORTAGEM LOCAL

A agência de notícias chinesa Xinhua informou ontem que a fabricante chinesa de computadores Lenovo comprou a Positivo Informática, líder do mercado de PCs no Brasil. O valor não foi revelado.
Citando fontes próximas à Lenovo, a agência afirmou que as negociações chegaram ao final depois que o gerente-geral da Lenovo, Xia Li, veio ao Brasil para acertar detalhes da operação com os controladores da Positivo, no final de 2009.
Ainda segundo a agência, o departamento de relações públicas da empresa chinesa confirmou a viagem de seu executivo ao Brasil, mas não comentou sobre a compra da Positivo.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Positivo negou ter recebido Xia Li no final de 2009. A companhia informou que não foi vendida e que não existe qualquer negociação em andamento neste momento.
A Lenovo já tinha feito uma oferta à Positivo no final de 2008. Naquela ocasião, a fabricante brasileira também desmentiu os rumores de que havia uma negociação. Acabou publicando um comunicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em que afirmou ter negado a oferta de R$ 18 por ação da Lenovo, totalizando R$ 1,6 bilhão pela companhia.
Dias antes dessa confirmação, as ações da Positivo subiram de R$ 8,14 para R$ 23, o que levou a CVM a abrir um processo para investigar o suposto vazamento de informações ao mercado. A investigação ainda está em curso. No pregão de ontem, o lote de mil ações da empresa fechou em R$ 17,80, alta de 0,84%.
A Positivo detém 21,5% de participação de mercado e seu valor é da ordem de R$ 2,2 bilhões. Para a chinesa, a compra da brasileira significa saltar para a liderança no país, algo que ela tenta há quatro anos, desde a compra da divisão de PCs da IBM. Apesar da crise mundial, o momento é oportuno. Estudos indicam que o Brasil será o terceiro maior mercado de computadores neste ano, perdendo para EUA e China.


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