São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2008

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Bolsa do Brasil tem 3ª maior alta em abril, diz S&P

Bovespa recupera prejuízo de US$ 100 bi do início do ano

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

A Bolsa brasileira teve o terceiro maior retorno no mês passado entre 52 mercados mundiais, praticamente empatada com as de Turquia e Colômbia, segundo levantamento da Standard & Poor's. A Bovespa teve no último dia de abril a sua maior alta em cinco anos (6,33%), depois que a mesma agência de classificação de risco responsável pela pesquisa concedeu o grau de investimento à economia do país.
Em um mês de recuperação para as Bolsas mundiais, o mercado brasileiro se valorizou em 15,11%, superada apenas pelos 15,75% da Turquia e pelos 15,3% da Colômbia. A média mundial foi de um ganho de 5,15% e apenas 12 das Bolsas analisadas pela agência não tiveram um mês positivo.
Segundo a Standard & Poor's, o otimismo prevaleceu em abril, "baseado na esperança e na opinião de que o mundo -e especialmente os Estados Unidos- está perto do fim dos problemas de crédito". Os mercados americanos, que têm forte influência sobre os demais, tiveram expansão de 5,02%, a maior alta em mais de dois anos e o primeiro mês positivo desde outubro do ano passado.
Levando em conta o período de 12 meses encerrado em abril, a Bolsa brasileira foi a que mais se valorizou, 70,09%, seguida pela egípcia (65,21%) e pela nigeriana -que subiu 44,19%. Entre janeiro e abril, a alta do Brasil (19,06%) só foi menor que a de três países: Luxemburgo, Taiwan e Noruega.
O mercado brasileiro também ajudou as Bolsas mundiais a recuperarem parte dos prejuízos de janeiro, quando elas perderam US$ 5,2 trilhões do seu valor. A soma das empresas cotadas em Bolsa, que se desvalorizaram em mais de US$ 100 bilhões em janeiro, já está acima do nível de dezembro, totalizando US$ 1,239 trilhão.
O valor de mercado das empresas de outras 15 Bolsas (5 latino-americanas) voltou a superar o nível do final do ano passado. Os mercados mundiais, porém, ainda acumulam perda de US$ 3 trilhões -cerca de US$ 1 trilhão só nos EUA.


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