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AVIAÇÃO
Nova empresa valeria R$ 15 bi
British Airways negocia associação com KLM
RICARDO GRINBAUM
DE LONDRES
A British Airways anunciou ontem que negocia uma associação
com a holandesa KLM. Se a união
acontecer, será criada a terceira
maior companhia aérea do mundo, atrás apenas da American e da
United Airlines, dos EUA. A nova
empresa teria 90 mil empregados,
cerca de 600 aviões e valeria R$ 15
bilhões nas Bolsas de Valores.
Por enquanto, as empresas adotam um tom cauteloso. Em nota
oficial, a British Airways ressaltou
que as negociações podem "não
dar certo". Um dos motivos para
a cautela é a possível resistência
de autoridades européias e norte-americanas especializadas em limitar monopólios empresariais.
Maior empresa aérea da Europa, a British Airways, tem interesse na KLM principalmente porque, com a união, poderá se tornar a maior companhia no aeroporto de Amsterdã, um dos principais centros de conexões de
vôos da Europa. Hoje, o eixo de
atuação da British é Heathrow,
em Londres. Embora seja o aeroporto mais movimentado do
mundo, já está congestionado.
Outra razão para o negócio é
que as duas companhias precisam ganhar escala e cortar gastos
para fazer frente à competição internacional. As duas empresas
deram prejuízo no primeiro trimestre -só a British perdeu quase R$ 1 bilhão. A KLM é muito pequena para resistir à competição
com outras companhias aéreas.
No início do ano, a empresa holandesa se associou com a Alitália,
mas não foi suficiente. Já anunciou que pretende arrumar um
novo sócio até o final do ano e,
por enquanto, o nome colocado
na mesa é o da British Airways.
Em 1992, as duas companhias
também tentaram se unir, mas
não chegaram a um acordo.
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