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FINANÇAS
Analistas consultados pelo BC estimam que Copom mantenha juros neste mês
Mercado prevê aumento da inflação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela quarta semana seguida,
analistas de mercado consultados
pelo Banco Central elevaram suas
projeções para a inflação deste
ano. A estimativa para a alta do
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) passou de 6,50%
para 6,59%.
Há quatro semanas, a projeção
estava em 6,12%. A expectativa
para a inflação deste ano continua
acima da meta de 5,5% fixada pelo governo, embora dentro da
margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para
baixo.
A recente alta do dólar é um dos
fatores que colaboram para o
maior pessimismo em relação ao
comportamento dos preços. Há
quatro semanas, a pesquisa do BC
estimava que a moeda norte-americana fosse encerrar este mês
em R$ 2,94. Agora, esse número
foi revisado para R$ 3,10.
Conseqüentemente, o reajuste
esperado para o conjunto de preços administrados -que incluem
itens muito sensíveis à variação
do câmbio, como o preços dos
combustíveis e tarifas de energia
elétrica- chegou a 7,75%, contra
7,15% do levantamento feita há
um mês.
Ao mesmo tempo em que projetam inflação mais alta, os analistas consultados pelo BC também
dizem esperar que os juros caiam
numa velocidade mais lenta daqui para a frente. A taxa Selic, que
hoje está em 16% ao ano, deve cair
para 14,75% até dezembro -um
pouco acima dos 14,50% estimados até a pesquisa da semana passada.
A decisão tomada pelo Copom
(Comitê de Política Monetária do
BC) -que, no mês passado, interrompeu a seqüência de cortes
nos juros- também afetou a expectativa do mercado. Antes esperava-se por uma redução na taxa Selic ainda neste mês. Agora,
fala-se em manutenção.
O levantamento feito pelo BC
também mostra uma queda nas
projeções para a entrada de investimento direto estrangeiro. O ingresso esperado para este ano
passou de US$ 12 bilhões para
US$ 11 bilhões. As estimativas de
crescimento da economia para este ano e para 2005 foram mantidas em 3,5%.
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