São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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EMPRESA

É o melhor número da crise

Parmalat fatura em maio R$ 39 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois meses após sair da intervenção judicial, a Parmalat Alimentos anunciou que teve em maio um faturamento de R$ 39 milhões. O resultado, segundo afirmou ontem o presidente do conselho de administração da empresa, Nelson Bastos, é o melhor desde o início da crise que atinge a companhia.
Segundo Bastos, escolhido pela matriz italiana para cuidar da reestruturação da Parmalat no Brasil, a unidade da empresa de Santa Helena, em Goiás, voltou ontem à produção.
De acordo com o presidente, a Parmalat Alimentos fechou um contrato para exportar 1.200 toneladas por mês de leite em pó para a Europa até o final deste ano. "A empresa está a caminho da recuperação. Hoje, estamos com 50% da produção da época pré-crise, sem contar com a unidade de Itaperuna", defendeu.
A unidade de Itaperuna está sob intervenção do governo do Rio de Janeiro. Segundo Bastos, se a fábrica voltasse hoje à empresa, a produção total da Parmalat Alimentos subiria para 60%.
Bastos afirma que o plano de reestruturação está sendo preparado. "Não há data marcada para a apresentação. Vamos convocar bancos internacionais para essas reuniões, então vai demorar mais umas duas semanas", afirmou.
Segundo ele, "a decisão de rever uma unidade vai se dar em razão de uma proposta mais vantajosa do que o valor que essa unidade tem para a empresa, e até agora isso não ocorreu".
A Parmalat entrou em crise em dezembro do ano passado, após ter sido revelado um rombo nas contas da companhia. No mesmo mês, pagamentos da empresa a produtores de leite começaram a atrasar no Brasil.
No final de janeiro, o grupo pediu concordata no Brasil e, em março, foi decretada uma intervenção judicial na empresa.
Segundo o plano de reestruturação anunciado na Itália pelo grupo, a Parmalat concentrará as atividades em dez países, onde estão as atividades principais e ela obtém lucro. O Brasil não é citado nesse documento.
A PricewaterhouseCoopers será responsável por auditar as contas da Parmalat do Brasil dos últimos cinco anos. (MP)


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