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EMPRESA
É o melhor número da crise
Parmalat fatura em maio R$ 39 milhões
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois meses após sair da intervenção judicial, a Parmalat Alimentos anunciou que teve em
maio um faturamento de R$ 39
milhões. O resultado, segundo
afirmou ontem o presidente do
conselho de administração da
empresa, Nelson Bastos, é o melhor desde o início da crise que
atinge a companhia.
Segundo Bastos, escolhido pela
matriz italiana para cuidar da
reestruturação da Parmalat no
Brasil, a unidade da empresa de
Santa Helena, em Goiás, voltou
ontem à produção.
De acordo com o presidente, a
Parmalat Alimentos fechou um
contrato para exportar 1.200 toneladas por mês de leite em pó
para a Europa até o final deste
ano. "A empresa está a caminho
da recuperação. Hoje, estamos
com 50% da produção da época
pré-crise, sem contar com a unidade de Itaperuna", defendeu.
A unidade de Itaperuna está sob
intervenção do governo do Rio de
Janeiro. Segundo Bastos, se a fábrica voltasse hoje à empresa, a
produção total da Parmalat Alimentos subiria para 60%.
Bastos afirma que o plano de
reestruturação está sendo preparado. "Não há data marcada para
a apresentação. Vamos convocar
bancos internacionais para essas
reuniões, então vai demorar mais
umas duas semanas", afirmou.
Segundo ele, "a decisão de rever
uma unidade vai se dar em razão
de uma proposta mais vantajosa
do que o valor que essa unidade
tem para a empresa, e até agora isso não ocorreu".
A Parmalat entrou em crise em
dezembro do ano passado, após
ter sido revelado um rombo nas
contas da companhia. No mesmo
mês, pagamentos da empresa a
produtores de leite começaram a
atrasar no Brasil.
No final de janeiro, o grupo pediu concordata no Brasil e, em
março, foi decretada uma intervenção judicial na empresa.
Segundo o plano de reestruturação anunciado na Itália pelo
grupo, a Parmalat concentrará as
atividades em dez países, onde estão as atividades principais e ela
obtém lucro. O Brasil não é citado
nesse documento.
A PricewaterhouseCoopers será
responsável por auditar as contas
da Parmalat do Brasil dos últimos
cinco anos.
(MP)
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