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MERCADO FINANCEIRO
Crescem rumores sobre captação externa pelo governo; dólar cai 0,64%, e Bolsa passa de 20 mil pontos
Risco-país recua 4,5% e vai a 642 pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
O recuo do risco-país nos últimos dias fez crescer no mercado
os rumores de que o governo fechará em breve uma operação de
captação de recursos no exterior.
Ontem o risco-país brasileiro caiu
aos 642 pontos (queda de 4,5%),
menor nível em cerca de 40 dias.
Há duas semanas, o risco estava
em 729 pontos. A baixa recente
teve como impulsionadora o melhor ânimo do mercado externo.
A pressão sobre o preço do petróleo diminuiu, e analistas duvidam
de que os juros básicos dos EUA
(hoje em 1%) subam mais que
0,25 ponto percentual neste mês.
Risco-país em patamares menores representa maior facilidade
e menos custos para se conseguir
empréstimos no mercado internacional. A última emissão do governo foi feita em janeiro, quando
foi captado US$ 1,5 bilhão. A meta
do governo é conseguir mais US$
2,5 bilhões neste ano.
O risco-país serve de termômetro da confiança dos investidores
em um país e é formado pela variação de preços dos títulos da dívida externa de um governo.
Nesse clima menos adverso, o
dólar caiu ontem 0,64%, a R$
3,112, menor valor em dez dias.
Lá fora, as Bolsas norte-americanas tiveram altas expressivas.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as fortes altas das ações mais
negociadas levaram o Ibovespa
aos 20.446 pontos. Desde 5 de
maio a Bolsa não superava os 20
mil pontos.
A valorização da Bovespa ontem ficou em 3,17%.
A ação PN da Eletropaulo
-empresa que teve recursos liberados pelo BNDES na semana
passada- liderou as altas, com
ganho de 8,8%. O papel PN da Telemar, que concentrou 18,9% dos
negócios, subiu 5,57%.
Juros mais baixos
As projeções dos juros futuros
recuaram ontem na BM&F. Na
semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) se
reúne para decidir como ficam os
juros básicos da economia, que
estão em 16% anuais. Em maio, o
Copom decidiu manter os juros
inalterados. Para a próxima reunião, a expectativa predominante
é a de manutenção da taxa.
A taxa no contrato DI mais negociado na Bolsa de Mercadorias
& Futuros, que tem prazo de resgate em janeiro, recuou de 17,31%
para 17,06% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)
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