São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Crescem rumores sobre captação externa pelo governo; dólar cai 0,64%, e Bolsa passa de 20 mil pontos

Risco-país recua 4,5% e vai a 642 pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

O recuo do risco-país nos últimos dias fez crescer no mercado os rumores de que o governo fechará em breve uma operação de captação de recursos no exterior. Ontem o risco-país brasileiro caiu aos 642 pontos (queda de 4,5%), menor nível em cerca de 40 dias.
Há duas semanas, o risco estava em 729 pontos. A baixa recente teve como impulsionadora o melhor ânimo do mercado externo. A pressão sobre o preço do petróleo diminuiu, e analistas duvidam de que os juros básicos dos EUA (hoje em 1%) subam mais que 0,25 ponto percentual neste mês.
Risco-país em patamares menores representa maior facilidade e menos custos para se conseguir empréstimos no mercado internacional. A última emissão do governo foi feita em janeiro, quando foi captado US$ 1,5 bilhão. A meta do governo é conseguir mais US$ 2,5 bilhões neste ano.
O risco-país serve de termômetro da confiança dos investidores em um país e é formado pela variação de preços dos títulos da dívida externa de um governo.
Nesse clima menos adverso, o dólar caiu ontem 0,64%, a R$ 3,112, menor valor em dez dias.
Lá fora, as Bolsas norte-americanas tiveram altas expressivas.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as fortes altas das ações mais negociadas levaram o Ibovespa aos 20.446 pontos. Desde 5 de maio a Bolsa não superava os 20 mil pontos.
A valorização da Bovespa ontem ficou em 3,17%.
A ação PN da Eletropaulo -empresa que teve recursos liberados pelo BNDES na semana passada- liderou as altas, com ganho de 8,8%. O papel PN da Telemar, que concentrou 18,9% dos negócios, subiu 5,57%.

Juros mais baixos
As projeções dos juros futuros recuaram ontem na BM&F. Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne para decidir como ficam os juros básicos da economia, que estão em 16% anuais. Em maio, o Copom decidiu manter os juros inalterados. Para a próxima reunião, a expectativa predominante é a de manutenção da taxa.
A taxa no contrato DI mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros, que tem prazo de resgate em janeiro, recuou de 17,31% para 17,06% ao ano.
(FABRICIO VIEIRA)


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