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FLORICULTURA
Estado quer vender US$ 2 milhões neste ano no mercado externo
Flores do Ceará ganham o exterior
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Com uma produção ainda recente, de apenas quatro anos, o
Ceará entra na concorrência do
bilionário mercado internacional
de exportação de flores, tendo como seu principal comprador a
Holanda, país que ficou, em 2003,
com 78,4% da produção cearense.
Perto dos números mundiais
-movimento de cerca de US$ 8
bilhões no mercado das flores-,
o Ceará ainda é pequeno, mas a
produção cresce rápido: em 2001,
a receita do Estado com a exportação de flores ficou em US$ 131
mil; em 2003, saltou para pouco
mais de US$ 1 milhão.
O aumento da produção se
mantém neste ano. No primeiro
trimestre em relação ao mesmo
período do ano passado, houve
um incremento de vendas de
66,15%. A expectativa é que as exportações totalizem US$ 2 milhões neste ano.
O principal produto da floricultura cearense são as flores frescas
cortadas, em especial as rosas,
produzidas no alto da serra da
Ibiapaba, um dos refúgios mais
frios do Estado, já próximo da divisa com o Piauí, onde a temperatura média durante todo o ano oscila entre 16C e 20C.
A produção se estende também
a outros pontos. "Estamos implementando projetos de irrigação
com pequenos produtores, mesmo nas regiões do semi-árido do
Estado, para a produção de plantas e flores nativas, mais resistentes, e que também têm um grande
potencial ornamental", disse Rubens Aguiar, da gerência de floricultura da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Ceará.
Custo do frete atrapalha
Grande parte da produção é administrada por grandes empresas, inclusive grupos do município de Holambra, no interior de
São Paulo, atraídos pela localização privilegiada do Ceará, mais
próxima da Europa e dos EUA, e
pela constante luminosidade, o
ano inteiro, o que propicia cores
mais vivas às rosas.
"Por causa do frio e das chuvas,
as empresas tinham perdas muitos significativas na produção em
determinados períodos do ano.
Isso não acontece aqui", disse
Aguiar.
Aguiar afirma que, para o Ceará
se consolidar de forma mais competitiva no mercado mundial da
floricultura, precisa conseguir
melhorar os preços do frete (que
ainda hoje é feito em vôos comerciais, o que encarece o produto) e
estimular a pesquisa em floricultura no Estado.
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