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MERCADO ABERTO
Pesquisa aponta freada na construção
Os empresários da construção civil estão pessimistas
em relação às perspectivas
de crescimento da economia e não acusam melhora no
desempenho de suas companhias neste ano. O pessimismo
resulta de um desalento com o
ritmo da retomada do setor, considerado insuficiente para recuperar as perdas dos últimos anos.
O desânimo dos construtores
pode ser constatado ao se analisar os resultados da 23ª Sondagem Nacional da Construção,
realizada em maio pelo SindusCon-SP e pela GV Consult com
base em pesquisa com 120 empresários do setor. Como foi realizada na segunda e terceira semanas do mês passado, a sondagem não sofreu influência da divulgação dos números do IBGE
que mostraram a desaceleração
do PIB tampouco das denúncias
de corrupção. "O empresário já
sentia que os negócios não estavam indo bem", afirma João
Claudio Robusti, presidente do
SindusCon-SP.
De acordo com a sondagem,
que é realizada trimestralmente,
os empresários acham que pioraram significativamente as perspectivas de crescimento econômico. Em fevereiro, 46,1 pontos
representavam crença no crescimento; em maio, essa pontuação
caiu para 37,5. Já em relação ao
desempenho da empresa, os empresários mostraram acomodação: o índice de maio foi igual aos
38,2 de fevereiro.
Na escala da sondagem, os números abaixo de 50 podem ser interpretados como um desempenho,
ou perspectiva, não-favorável. Só
no caso de dificuldades financeiras os valores abaixo de 50 significam perspectivas melhores.
Para Robusti, o pessimismo do
empresário da construção se deve principalmente à política econômica conservadora do governo, com juros altos e metas rígidas de superávit primário. Com
as denúncias recentes de corrupção, o quadro, a seu ver, deve ter
se agravado.
RISCO DE CONTÁGIO
Paulo Skaf (Fiesp) está
preocupado com a possibilidade de as denúncias de corrupção contagiarem a economia. Seu grande temor é o de
o ânimo dos empresários baixar ainda mais com o agravamento da crise política. "A
economia é muito sensível, e
os investimentos já estão num
patamar muito baixo", afirma. Skaf vai hoje a Brasília
apresentar no Congresso o
projeto de lei geral para pequenas e médias empresas.
SINAIS MISTOS
O índice de cheques devolvidos em maio, em todo o país, foi
de 2,65%, com queda de 1,6% em
relação a abril (2,69%), segundo
dados da Telecheque. Na comparação com maio de 2004
(2,28%), no entanto, houve alta
de 16,1%. Já o volume financeiro
das transações à vista cresceu
12,8% em relação a abril.
AGRONEGÓCIO
Os principais nomes do agronegócio estarão em SP nos dias
23 e 24 para o 4º Congresso Brasileiro de Agribusiness. Entre os
conferencistas, Antônio Ermírio
de Moraes (Votorantim), Josué
Gomes da Silva (Coteminas) e o
ministro Roberto Rodrigues.
FINANÇAS
As finanças corporativas no
Brasil serão tema de seminário
em três capitais na semana que
vem, no Rio (dia 13), em São
Paulo (15) e em Porto Alegre
(16). O evento, patrocinado pela
Alliance Corporate Education,
abordará tópicos avançados em
finanças, com aplicações práticas sobre casos brasileiros.
APOSTA NO RELACIONAMENTO
Ajudar profissionais do mercado a desenvolver e cultivar contatos-chave, que possam impulsionar seus objetivos, a carreira e negócios.
Com esse lema, será lançada hoje em São Paulo a Contatos Br, especializada em "networking". "Somos a única empresa voltada exclusivamente às necessidades dos profissionais brasileiros, diferenciando
executivos e empreendedores, já que possuem necessidades distintas", afirma Lion Andreassa, sócio-diretor. A empresa oferecerá, por
exemplo, serviços como fóruns de discussões via internet, a fim de
tornar a aproximação entre os associados ainda mais efetiva.
PRÓ-EXPORTAÇÕES
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) se reúne
amanhã com secretários de desenvolvimento de Estados de todas as regiões, durante fórum em
que serão discutidas políticas de
incentivo ao comércio exterior.
Uma dessas políticas é a desoneração dos investimentos voltados para as exportações.
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