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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Empreendedorismo cresce entre executivos
Apesar de o emprego formal
ainda ser a principal fonte de
trabalho de executivos que se
desligam de suas empresas-empregadoras, o empreendedorismo vem crescendo. Em
2007, segundo pesquisa da
DBM, 35% dos executivos que
saíram de uma corporação decidiram empreender -criaram
negócios próprios ou decidiram abrir consultorias.
Entre as justificativas para a
mudança de rumo está, principalmente, o fato de haver menos empregos nos moldes tradicionais, em que o empregado
fica na companhia por períodos
longos -20 ou 30 anos. De
acordo com a pesquisa, isso faz
com que os executivos enxerguem oportunidades de negócios e criem empresas para explorar segmentos como os de
consultoria.
A pesquisa, que foi realizada
durante 12 meses e concluída
em abril deste ano, também
mostra que existem semelhanças entre os executivos que se
recolocam em novas companhias. Eles reúnem, em nível
mais alto que a média do mercado, características como extroversão, independência, capacidade de resolução, de controle e de adaptação, além de liderança.
A pesquisa também estudou
o que causa a mudança de carreira. Os principais motivos para o desligamento dos executivos pesquisados são reestruturação e fusão da empresa, em
primeiro lugar, e corte e redução da equipe, em segundo lugar.
Em terceiro lugar, foi citada a
ausência de "química" entre o
profissional e o meio e problemas de relacionamento entre
os times. Para Marcelo Cardoso, presidente da DBM, esse é
um custo muito alto para empresas e profissionais, porque
poderia ser gerenciado.
"As migrações causadas por
reestruturações, fusões ou necessidade de corte são muitas
vezes motivadas por fatores externos, que não podem ser administrados pela companhia.
Já a química é diferente", diz
Cardoso. "É um luxo caríssimo
deixar que "química" seja uma
barreira para a formação de
melhores times."
Ainda segundo a pesquisa,
justamente por conta da importância que a "química" tem
no caso dos desligamentos, a
capacidade de estabelecer relações adultas e saudáveis, de
persuasão e de criação de contratos psicológicos com os times ganhou nível maior de relevância na hora de contratar.
análise
Onda de IPO no mercado pode ser danosa
Em alta, a atual onda de
IPOs (oferta pública inicial
de ações) no mercado financeiro brasileiro pode ser
preocupante. A avaliação é
de Julio Cardozo, CEO da
Ernst & Young América do
Sul. Para ele, algumas empresas podem querer aproveitar o momento em que as
ofertas estão na moda sem
ter o preparo necessário para
a abertura.
"Elas podem não conseguir cumprir a promessa.
Prometem um retorno, um
desenvolvimento, mas, se a
empresa não tiver substância, um bom mercado, gente
competente, não vai conseguir cumprir lá na frente."
Para as empresas, segundo
Cardozo, muitas vezes lançar
uma oferta pública inicial é
uma questão de prestígio e
uma oportunidade de alavancar os negócios. "Isso me
preocupa porque empresas
sem substância não vão sobreviver. E podem prejudicar outras sérias, que vão ter
que dividir o dinheiro."
Autor do livro "Você Não
Tem de Ceder!", que acaba
de ser lançado pela Editora
Campus/Elsevier (166 páginas), Cardozo conta, no volume, sua trajetória em 40
anos na profissão de auditor.
Para ele, hoje os três maiores desafios da área são restaurar a confiança abalada
com escândalos nos anos
2000, aprender a lidar com a
perda da auto-regulação e
com os novos órgão reguladores e melhorar a governança corporativa.
GUERRA FASHION
A atriz Sarah Jessica Parker lançou, em NY, sua nova linha de roupas, a Bitten. Com o lançamento da marca,
Parker eleva o número de celebridades que entram no
mercado fashion e que, segundo o "New York Times", declaram guerra a estilistas por participação de mercado.
Em fragrâncias, em 2005, Parker, Jennifer Lopez e Paris
Hilton tinham 10% de um total de US$ 2,8 bilhões.
DO VIZINHO
O enólogo argentino Juan Marco, da vinícola Navarro Correas, esteve no Brasil, na última semana, para lançar os rótulos Gran Reserva (malbec e cabernet sauvignon) e Ultra,
formado pelas melhores uvas de cada colheita. Marco comandou degustação e visitou restaurantes e delicatessens da
cidade, a fim de conhecer onde seus produtos serão vendidos. A Navarro Correas é a vinícola da Diageo de maior distribuição na América Latina.
DE MUDANÇA
Maximo Pacheco, presidente da International Paper do Brasil, transferiu a sede da empresa de Campinas
para São Paulo. A diretoria
da companhia inaugura suas
novas instalações, na região
da Paulista, na segunda.
FRIO
João Carlos Camargo, do
grupo Camargo de Comunicação, abre, amanhã, o Festival de Inverno em Campos
do Jordão. Em parceria com
Fabio Fronterotta, da FC2,
alugou um "château" para
receber empresários.
CELULOSE
A Irani completa, nesta
semana, 66 anos e lança seu
Relatório de Sustentabilidade 2006, com resultados de
responsabilidade social.
HEAD HUNTER
A Mariaca, de consultoria
em gestão de pessoal, teve,
de janeiro a maio, crescimento de 30% no recrutamento de altos executivos.
MASTER
O IED está com inscrições
abertas para seus cursos
master. Entre eles, o de E-Commerce: Design and Management, que aborda as novas tecnologias como "web
usability" e estratégias de
comunicação e marketing.
PASSAPORTE
Marcel Malczewski , presidente da Bematech, viajou
a Taipé, em Taiwan, para
participar da 27ª Computex,
uma das maiores feiras do
mundo em tecnologia da informação que acontece até
amanhã.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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