São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008
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Investimento da China deixa a AL em segundo plano, diz especialista
Chineses preferem negócios com regimes autoritários, afirma americano ![]() Estabilidade à chinesa A China vai investir muito pelo mundo. Mas vai demorar um tanto. As promessas de investimentos foram parte de uma estratégia para conquistar aliados. Quando se trata de ir atrás de matérias-primas ou fazer investimentos pesados, os chineses ainda se sentem mais confortáveis em falar com quatro autoridades poderosas e fechar o negócio rápido, sem temer problemas futuros. Essa "estabilidade" que os chineses buscam é mais fácil de obter em regimes autoritários, como as ditaduras africanas, em que a China colocou muito dinheiro. Os chineses investiram na África do Sul, que é uma democracia, mas que o partido do governo tem pouquíssimas chances de ser derrotado. Mudanças de partidos, de atores, relatórios de impacto ambiental, leis trabalhistas e outras barreiras burocráticas certamente afugentam os chineses. Terras no Brasil A China quer comprar terras no Brasil, na Argentina e em outros países para produzir alimentos para saciar sua população, mas é algo que desperta reservas em qualquer país. Imagine que um americano quisesse comprar muitas terras no Brasil, nem precisa ser na Amazônia. Choveriam críticas. Comprar expertise A estratégia chinesa tem sido a de comprar outras empresas para ganhar uma marca e conquistar expertise. Há certas coisas que as empresas chinesas ainda não estão preparadas para enfrentar se forem para o Ocidente. Experimente voltar a uma loja na China em que comprou um produto que deu problemas uma semana depois da compra. É um desespero. As empresas não têm o menor know-how em serviços. Executivos chineses Empresas e governo decidem investimentos de forma intimamente relacionada. Os chineses têm investido mais em países de sua esfera de influência, sobretudo no Sudeste Asiático. Executivos chineses na Tailândia me disseram que o país era favorável porque ali eles podiam colocar seus filhos em escolas com mandarim no currículo e tinham restaurantes chineses por todos os lados. Esses executivos pesam nas decisões. Fora São Paulo, em que outra cidade do Brasil eles teriam essas possibilidades? Sem desagradar aos EUA A China respeita o Brasil, mas é bem cautelosa com o que considera a "área de influência dos Estados Unidos". Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Frase Índice |
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