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SC libera corredores sanitários para avícolas
Medida é para itens industrializados do RS, onde houve caso de Newcastle
Japão poderá suspender
compra de produto avícola
num raio de 50 km do foco
da doença, mas nessa área
não há grandes produtores
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Depois de proibir por um dia
a entrada de aves provenientes
do Rio Grande do Sul, o governo de Santa Catarina liberou
ontem a passagem de produtos
avícolas industrializados por
três dos quatro corredores sanitários do Estado. O trânsito
de aves vivas continua proibido
por tempo indeterminado, bem
como o ingresso de produtos
avícolas em Santa Catarina.
Os três corredores sanitários
criados são as estradas SC-480,
BR-153 e BR-116. Na BR-101, o
tráfego permanece proibido.
A decisão de fechar a divisa
entre os dois Estados foi tomada depois que um foco da doença de Newcastle foi detectado
em uma pequena propriedade
no município gaúcho de Vale
Real. A informação foi divulgada pela OIE (Organização Internacional de Saúde Animal).
A doença tem origem virótica
e é muito contagiosa entre as
aves, podendo prejudicar as exportações de frango brasileiro.
Ela não atinge seres humanos.
A criação dos corredores sanitários foi definida depois que
o governo gaúcho enviou um
documento à Secretaria da
Agricultura e Desenvolvimento
Rural de Santa Catarina com
informações sobre o foco da
doença e as medidas tomadas.
"Agora, com mais detalhes
sobre a doença e o fato de ela
ter atingido apenas uma propriedade de subsistência, pudemos criar os corredores sanitários", disse o secretário de agricultura de SC, Felipe Luz.
O trânsito de ovos, carnes de
aves e subprodutos de origem
avícola somente será feito depois que o compartimento de
carga dos veículos for lacrado
em uma das 24 barreiras sanitárias na divisa do Rio Grande
do Sul com Santa Catarina.
Os veículos devem permanecer lacrados durante o trajeto
em território catarinense.
Japão
As importações do Japão de
carne de frango brasileira não
devem ser afetadas pela ocorrência de Newcastle, já que Tóquio restringirá as compras
apenas de uma pequena região,
disseram autoridades japonesas ontem.
Dentro de um acordo bilateral sobre saúde animal e comércio de carnes, o Japão tem
permissão para suspender as
importações de frango proveniente de um raio de até 50 km
da área afetada.
"Na área afetada não há grandes unidades de processamento de carne de frango", afirmou
uma fonte de uma trading japonesa, acrescentando que a restrição imposta pelo Japão não
deve ameaçar a oferta de frango
brasileiro para o país.
O Japão irá encerrar a restrição 90 dias após o registro da
doença.
Colaboraram JOÃO CARLOS MAGALHÃES, da Agência Folha, e a Reuters
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