ALEX RIBEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central não pretende editar nenhuma regra específica que obrigue os bancos a manterem ambientes seguros para os clientes que fazem transações bancárias pela Internet.
"Não é o BC que vai dizer qual é o sistema mais seguro. Os próprios bancos têm interesse em garantir segurança aos seus clientes para ampliar seus negócios", disse o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy.
Na semana passada, o Barclays, que lidera na Inglaterra o segmento de banco pela Internet, suspendeu temporariamente seus serviços porque alguns clientes tiveram acesso a dados de contas de outros.
Darcy disse que o BC está trabalhando para regulamentar os bancos pela Internet, mas os estudos estão sendo conduzidos em outras frentes -e não contemplam a segurança das transações.
"Boa parte da credibilidade da Amazon.com foi formada com a construção de uma verdadeira muralha que protege os dados dos clientes. Com os bancos, deve acontecer naturalmente a mesma coisa", afirmou o diretor do BC. Segundo ele, a lei já protege os clientes porque os bancos estão obrigados a preservar o sigilo.
Os estudos para regulamentar os bancos pela Internet ainda não estão concluídos, mas Darcy adianta dois princípios: transparência das operações e identificação dos clientes.
A idéia é que o cliente saiba exatamente que produtos bancários está comprando pela Internet, principalmente quando aplica em fundos de investimento de alto risco. Hoje, os clientes só podem investir em fundos agressivos após conhecer em detalhes seu regulamento.
Os cotistas também são obrigados a assinar um documento que deixa claro os riscos de perda do capital investido e até de ser chamado para cobrir um eventual saldo negativo do fundo.



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