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INTEGRAÇÃO
Ministro diz que Brasil adota negociações diretas em resposta à estratégia americana de "bilateralização" do bloco
Amorim faz críticas aos EUA sobre a Alca
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a
afirmar ontem que a estratégia
brasileira de negociação na Alca
(Área de Livre Comércio das
Américas) foi, em grande parte,
adotada como resposta às posições norte-americanas.
Em audiência pública no Senado, Amorim afirmou que o Brasil
decidiu negociar os temas de
acesso a mercado diretamente
com os EUA, em vez de fazê-lo em
conjunto com os outros países,
depois que os norte-americanos
"bilateralizaram" na prática as
negociações.
Os EUA apresentaram quatro
propostas de abertura comercial
para diferentes regiões das Américas. O ministro ressaltou que a
pior foi para o Mercosul.
Embora não tenha feito referências diretas, o comentário de
Amorim pode ser entendido como uma resposta ao Serviço de
Pesquisas do Congresso dos EUA,
que divulgou um documento no
qual faz uma avaliação negativa
sobre as perspectivas da Alca. O
relatório diz que as negociações
estão "fora dos trilhos" e que o
Brasil continua a "ser reticente, se
não difícil, parceiro comercial".
Afirma que há pressões nacionalistas e protecionistas no país estimuladas pela crise econômica.
Amorim disse ontem que o Brasil "não disse não à Alca", mas que
seria preciso reordenar as negociações para garantir um resultado satisfatório para o país.
Segundo ele, para viabilizar as
negociações, é preciso ser "menos
ambicioso". Ou seja, a Alca deve
se resumir a um número menor
de temas e se concentrar especificamente na questão de acesso a
mercados.
Amorim fez um paralelo entre
as negociações da Alca e as do
Mercosul com a União Européia.
Segundo ele, com a UE o problema é o oposto ao da Alca: a falta
de ambição.
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