São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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Vaivém das commodities

ALESSANDRA KIANEK - alessandra.kianek@grupofolha.com.br

ALIANÇA PELO AÇÚCAR
Uma coalizão de empresas de produtos alimentícios enviou ontem ao Departamento de Agricultura dos EUA um pedido de aumento das quotas de importação de açúcar do país, após os preços dispararem para o mais alto nível em 28 anos e os estoques despencarem -são os menores em 34 anos.

"MADE IN BRAZIL"
As empresas, entre elas General Mills, Kraft Foods e Her- -shey, querem importar mais açúcar do Brasil e das Filipinas. Segundo o comunicado, "sem o aumento da quota, os consumidores irão pagar preços mais altos e os empregos nas indústrias estarão em risco".

NAS ALTURAS
Ontem, na Bolsa de Nova York, os preços do açúcar tiveram a quinta alta consecutiva. O primeiro contrato subiu 5,1%, para 20,81 centavos de dólar por libra-peso -a mais alta cotação desde abril de 1981. Só neste ano, a valorização da commodity é de 84%.

DÉFICIT MUNDIAL
A expectativa de que a demanda global vai exceder a produção tem elevado as cotações do açúcar. Na Índia, o segundo maior produtor mundial e o maior consumidor, as lavouras estão sendo afetadas pela falta de chuvas, o que irá reduzir a oferta. Já no Brasil, o maior produtor, a safra deve ficar abaixo da projeção inicial, devido ao excesso de chuvas.

BOM PARA O PRODUTOR
O cenário de comercialização de café está mudando. Segundo o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado, alguns fatores levam a preços melhores para o produtor: a fraqueza do dólar no mercado internacional; uma safra brasileira menor e de qualidade inferior; e a intensificação de ações de ajuda do governo federal ao setor.

QUALIDADE INFERIOR
De acordo com Barabach, 72% da safra brasileira de café já está colhida. A qualidade da safra foi bem afetada devido às chuvas de maio, junho e julho, prejudicando os grãos e comprometendo a qualidade da bebida, tornando-a mais ácida.

SEMANA DE QUEDA
Após forte alta, de 5,2%, na semana passada, o preço do álcool recuou 1,85% nas usinas do Estado de São Paulo nesta semana. Segundo pesquisa do Cepea, o litro do álcool hidratado foi negociado, em média, a R$ 0,7104, sem impostos.

CARNES NA CONTRAMÃO
Com a melhora das vendas, o suíno encerrou a semana com forte alta. Ontem, nas melhores negociações, a arroba chegou a R$ 42. Nesta semana, o aumento é de 8%. Já o preço do boi gordo segue em queda nos frigoríficos. Em média, os negócios foram de R$ 77,80 por arroba -queda de 2% na semana.


com KARLA DOMINGUES


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