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Parceria com rede varejista impulsiona fabricante de PCs
DA ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA
O caminho do Positivo até a
liderança na venda de computadores no varejo passou por
uma bem-sucedida aliança com
o Magazine Luiza, rede que
possui 350 lojas em sete Estados do país.
Maior cliente individual do
Computador para Todos, o Magazine Luiza já obteve financiamentos de R$ 80 milhões, de
um total de R$ 158 milhões que
o BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) liberou para o programa
desde dezembro do ano passado. A maior parte da linha de
crédito foi destinada à venda de
computadores da marca Positivo, principal parceiro da rede
varejista nesse segmento.
O encontro entre as duas empresas ocorreu no início de
2005, quando o Magazine Luiza buscava um fornecedor permanente entre as empresas nacionais e o Positivo tentava encontrar uma forma de vender
seus computadores no varejo.
"As redes de varejo não conseguiam fazer uma planejamento de longo prazo nesse
segmento porque nenhum fornecedor dava sustentabilidade
para isso", diz Marcelo Neves,
gerente de compras do núcleo
de informática do Magazine
Luiza, que vende computadores há seis anos. O Positivo ofereceu o que a rede procurava.
A redução no preço das máquinas e o financiamento oficial permitiram que consumidores da classe C tivessem
acesso ao produto.
A conseqüência das mudanças que o setor mais festeja é a
redução da parcela de mercado
ocupada por computadores
contrabandeados, que passou
de 74% em 2004 para 52% no
segundo trimestre de 2006, de
acordo com a IDC.
"O grande sucesso do Computador para Todos e da queda
de tributação sobre o setor foi
derrubar o contrabando", diz
Flávio Philbert, da Itautec.
Neves ressalta que o aumento na venda de computadores
não está restrito aos modelos
de até R$ 1.400, beneficiados
pelo financiamento oficial. Segundo ele, um dos produtos de
maior aceitação entre os consumidores foi o PCTV do Positivo, que pode ser usado como
computador, TV, DVD, rádio e
MP3 e custa R$ 1.899.
O diretor do Magazine Luiza
acrescenta que também houve
crescimento nas vendas de notebooks, mais caros que os
computadores de mesa. Mas a
marca não é a líder nesse segmento, lugar ocupado pela HP.
A Positivo não aparece nem
mesmo entre as cinco empresas que mais vendem notebooks no país, já que só passou
a lançar modelos de forma mais
agressiva no início de 2006.
Os dados da IDC mostram
que a venda de notebooks subiu
113% no primeiro semestre de
2006 em relação a igual período de 2005. Entre janeiro e junho, foram vendidas 216 mil
unidades, número próximo aos
275 mil registrados em todo o
ano passado, quando as vendas
já haviam crescido 47%.
(CT)
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