São Paulo, quarta-feira, 08 de novembro de 2000

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CONJUNTURA
Antes, previsão era de 5%
Para Fraga, economia crescerá 4,5% em 2001

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, estima em 4,5% o crescimento da economia brasileira no próximo ano. Sua previsão é inferior à taxa de 5% que ele esperava anteriormente.
Embora Fraga esteja agora menos otimista, o crescimento de 4,5% está previsto no Orçamento do governo para 2001. Dois motivos principais contribuíram para a revisão: alta do preço do petróleo no mercado internacional e elevação dos juros nos EUA.
Fraga admitiu que alguns indicadores econômicos, como os juros e o dólar, deverão ser maiores do que os previstos no Orçamento para 2001. O presidente do BC deu as declarações durante reunião com o presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), e o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO).
As previsões para 2001 foram enviadas para a comissão no final de agosto. Os juros foram estimados em 14,5% e o dólar, em R$ 1,85. O presidente do BC atribuiu a fatores externos a piora do cenário econômico, principalmente ao petróleo. Fraga não fez uma previsão sobre a influência do cenário externo no resultado da economia brasileira. Segundo ele, alguns elementos podem fazer as receitas crescerem, como os impostos sobre importação. Mas outros podem derrubar os resultados, como o aumento da dívida.

Outra versão
A assessoria de imprensa do BC divulgou uma versão diferente sobre o encontro entre Fraga e os parlamentares. O presidente do BC não teria previsto para 2001 uma taxa média de câmbio superior à que consta no Orçamento, mas sim sugerido aos parlamentares que usassem a cotação atual como parâmetro. "Não tenho bola de cristal", disse Fraga, segundo a assessoria do BC. "Se fosse possível fazer uma sugestão prática, o correto seria usar a taxa do dia." O BC também negou que Fraga houvesse previsto uma taxa de juros superior a 14,5% em 2001.



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