LUIZA DAMÉ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O projeto que corrige a tabela do Imposto de Renda da pessoa física em 35,29% foi aprovado ontem na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
Foi mais um capítulo da queda-de-braço entre o governo e congressistas, inclusive os aliados do governo. Ainda não há garantia de que o índice de correção será o aprovado ontem nem de que a tabela será mudada a partir de 2002.
O governo não quer alterar a tabela, sob alegação de que deixará de arrecadar R$ 5,3 bilhões por ano, mas está sendo pressionado pelos partidos aliados a aceitar a correção. Deputados governistas argumentam que não terão condições de pedir votos no próximo ano se não aprovarem a mudança na tabela, congelada desde 1996.
Depois da votação na CCJ, o deputado Benito Gama (PMDB-BA), disse que o partido vai se aliar à oposição e negociar um índice de correção inferior aos 35,29%, na tentativa de evitar um eventual veto do presidente FHC, caso seja aprovado um projeto que desagrade ao governo.
O projeto irá ao plenário a pedido do governo, que quer ganhar tempo. Se houver mudanças na tabela que representem aumento, o projeto tem de ser sancionado neste ano para valer em 2002. Se for aprovada a correção para todas as faixas da tabela, não haverá essa exigência, porque as pessoas pagariam menos imposto.



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