São Paulo, sexta-feira, 08 de novembro de 2002

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Em ascensão, álcool já alcança 6,6% das vendas

DA REDAÇÃO

Coqueluche dos anos 80 e com procura escassa após a crise de abastecimento, o carro a álcool volta a ser procurado. No mês passado, 6,6% dos automóveis vendidos -8.844 unidades- eram a álcool.
Em comparação com as vendas de setembro, em outubro as montadoras venderam 51,5% a mais de carros movidos a álcool. No ano, já foram vendidas 42,2 mil unidades -130% a mais do que em todo o ano passado.
A explicação pode ser encontrada em alguns motivos: preços menores (devido ao IPI menor para esse tipo de carro), combustível mais barato, maior desenvolvimento da tecnologia para esse fim.
E esse crescimento de vendas ocorre a despeito do aumento substancial no preço do álcool. Pesquisa semanal da Folha mostra que, do início de setembro até agora, o consumidor passou a pagar 53,4% a mais, em média, pelo litro do combustível em São Paulo.
De acordo com o levantamento, o combustível custava R$ 0,788 naquele mês e subiu para R$ 1,209 nesta semana.

Previsão
Em setembro, a Anfavea previa que os carros a álcool respondessem por 3,5% das vendas totais deste ano.
A não ser que a procura caia substancialmente, o percentual será ainda maior -visto que, até outubro, esse tipo de automóvel já representava 3,9% das vendas no ano.
A comparação desse percentual com os anos anteriores revela a dimensão da falta de interesse anterior e do crescimento.
Em 1997 e 1998, pouco mais de mil unidades movidas a álcool foram vendidas em todo o país, perfazendo 0,1% das vendas totais de cada um daqueles anos. Já em 1999, as vendas totalizaram 10,9 mil unidades -ou 1,1% do total.
No ano retrasado, 0,8% dos carros vendidos eram a álcool. Em 2001, esse percentual passou para 1,4%, com 18,3 mil veículos novos desse tipo no mercado.
Em confirmadas as expectativas, este ano deve fechar com o melhor percentual sobre o total de vendas para os veículos com motores movidos a álcool em ao menos sete anos.


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