DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras anunciou ontem que fará uma nova tentativa de fechar o capital da BR Distribuidora, sua subsidiária para a comercialização de combustíveis. A tentativa feita em outubro de 2000 fracassou porque as condições de aquisição das ações que estão no mercado não foram aprovadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil.
O diretor financeiro da estatal, João Nogueira Batista, disse que "é uma anomalia" a BR ter capital aberto. Segundo ele, é padrão internacional das empresas do setor manter apenas as ações da holding no mercado, dando maior liquidez (negociabilidade) ao papel.
Ontem, o conselho de administração da Petrobras aprovou as condições que serão oferecidas aos acionistas da BR para que aceitem trocar ações por papéis da estatal. Segundo avaliação do banco BBA, o valor econômico (baseado no valor dos bens) da ação da Petrobras foi fixado em R$ 64,90, enquanto o lote de mil ações da BR foi fixado em R$ 45,40.
Isso gerou uma relação de 0,70 ação da Petrobras para cada lote de mil ações da BR. A Petrobras fará para os acionistas minoritários da BR um leilão de ofertas para a troca de ações da BR por papéis da Petrobras.
A troca será feita pela relação calculada, mais um prêmio para o acionista da BR que será determinado pelo valor de mercado da ação da Petrobras. Se a troca fosse feita ontem, segundo a Petrobras, o acionista da BR receberia 0,95 ação da holding por lote de mil da controlada.
O acionista da BR não será obrigado a trocar as ações, mas, segundo a Petrobras, se dois terços dos que se cadastrarem para participar do leilão aderirem à operação o fechamento do capital poderá ser feito.


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