São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Governo prepara plano para conter uso do gás natural veicular

O governo está elaborando -e deve anunciar até amanhã- um plano para conter o crescimento do uso do GNV (Gás Natural Veicular) para reduzir o risco de uma crise de energia no país. O grande problema do governo é a forma de divulgá-lo. A intenção é evitar que ele seja interpretado como um programa de contingenciamento de energia.
As medidas a serem tomadas pelo governo para conter o uso do gás no país devem ser decididas hoje, no Rio, na reunião do Conselho Nacional de Política Energética, com a participação do presidente Lula. Os ministros Nelson Hubner (Minas e Energia), Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Miguel Jorge (Desenvolvimento) também participam da reunião.
O anúncio de todas as medidas a serem tomadas pelo governo junto com um diagnóstico do problema estava previsto para ser divulgado amanhã pelo Palácio do Planalto. O que será feito ainda não foi fechado. Será na reunião de hoje, do CNPE, que as medidas serão destrinchadas.
Durante o dia de ontem, tanto o ministro Nelson Hubner como o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, deram declarações desencorajando novas conversões de carros para o uso do GNV. O governo estuda alternativas para desestimular a expansão do uso do gás no país.
A prioridade do governo é poupar água dos reservatórios das usinas hidrelétricas e, para isso, precisa reduzir o volume de gás entregue às distribuidoras para despachar as termelétricas. Ontem, por exemplo, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) despachou o correspondente a 2.000 MW (megawatts) nas termelétricas.
O consultor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, lembra, no entanto, que a atribuição de distribuir o gás natural veicular é dos Estados e não da União. Dessa forma, a única coisa que o governo pode fazer é contingenciar o envio do gás para as distribuidoras.

Rei planeja MIT no Oriente

Um dia a sigla Kaust será tão conhecida quanto a do MIT. Pelo menos no que depender do rei Abdullah, da Arábia Saudita, que quer fazer da Universidade Rei Abdullah de Ciência e Tecnologia (Kaust, na sigla em inglês) o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) do Oriente Médio.
O rei doou US$ 12,5 bilhões de sua fortuna pessoal para atrair os melhores nomes do mundo acadêmico global. Detalhe: com bolsas de estudo e de moradia generosas para os 2.000 alunos, o Brasil está entre os países com maior número de estudantes inscritos. As inscrições terminam no dia 9.
Segundo Nadhmi Al-Nasr, presidente interino da Kaust, a construção da universidade é um sonho do rei há 25 anos. A idéia era ter um instituto de pesquisa de alto nível, em parceria com os melhores centros de pesquisa do mundo. "Os benefícios levarão a mudanças na economia da região, que deixará de depender do petróleo para ter expertise tecnológica", diz Al-Nasr, ex-vice-presidente da petrolífera Saudi Aramco.
Passar a gestão da Kaust à Saudi Aramco -e longe do ministério da Educação- foi a alternativa que o rei encontrou para atrair estrangeiros e driblar as lideranças religiosas do país, que vetam a convivência entre estudantes de sexos diferentes e rejeitam pesquisa feita fora da doutrina islâmica. Segundo Al-Nasr, a intenção é criar um ambiente de livre pensamento e pesquisa, para homens e mulheres.

DOCE LAR
A Caixa Econômica Federal lança hoje, em São Paulo, a campanha Plantão Caixa, em parceria com construtoras. O objetivo é financiar e comercializar mais de 7.000 imóveis na planta na Grande São Paulo. A ação vai até o dia 14 e envolverá todas as agências da instituição na região, além de um plantão durante o próximo final de semana, com uma equipe de gerentes nos estandes de mais de cem empreendimentos envolvidos, para informações sobre crédito habitacional, recepção de documentos e simulações de financiamentos.

HORA DO CHÁ
A Lipton, de chás prontos, entra no mercado de chá verde e lança a bebida com sabor limão. O segmento é o que mais cresce na categoria de chás prontos.

CONCORRÊNCIA
A Nona Rodada de Licitações da ANP, nos dias 27 e 28 deste mês no Rio, bateu recorde em número de empresas habilitadas. Ao todo, 66 companhias estão aptas a participar, 20 a mais do que o número máximo registrado anteriormente, na Sétima Rodada, em 2005. Dessas, sete estão entre as dez maiores petroleiras do mundo, segundo o ranking do FT Global 500, e já atuam no Brasil. A Nona Rodada vai oferecer 312 blocos localizados em nove bacias sedimentares brasileiras.

JINGLE BELLS
Para atender a demanda do Natal, segunda data mais importante do ano para seus negócios, a Kopenhagen produzirá 200 toneladas de chocolate. A empresa espera alta de 22% nas vendas, cerca de R$ 33,6 milhões.

IBERO-AMERICANO
Armando Monteiro (CNI) e Horacio Lafer Piva (Bracelpa) participam, em Santiago, do Encontro Empresarial Ibero-americano. Uma das conclusões a que Piva chegou sobre o encontro é que a América Latina precisa abrir mais o mercado e aumentar a credibilidade dos políticos e dos governos.

ON THE ROAD
A Hertz Rent a Car lança hoje o projeto "Seu Destino Hertz", um reality show com vídeos registrados em viagens pelo Sudeste, transmitido via internet. O projeto é baseado em uma pesquisa que identificou a rede como principal fonte de pesquisa para quem viaja no Brasil. Concluiu ainda que a locação de veículos nas viagens a lazer ainda não é prioridade por não ser vista como necessidade.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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