São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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OPERAÇÃO ROTERDAM

PF prende dez suspeitos de sonegar R$ 70 mi em Minas

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Federal prendeu ontem dez pessoas suspeitas de formar uma organização criminosa que atuava no Porto Seco Sul de Minas, em Varginha (MG). O grupo, segundo a PF, oferecia facilidades na liberação de cargas, como tributos abaixo da alíquota correspondente. Estima-se que pelo menos R$ 70 milhões tenham sido sonegados desde 1997, quando começou a permissão atual para a exploração do porto.
A Operação Roterdam -que ganhou esse nome em alusão ao porto de Roterdã, na Holanda- prendeu, entre outros, o presidente da Porto Seco Sul de Minas, um diretor e três auditores da Receita e cumpriu 45 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, o grupo liberava cargas sem o despacho aduaneiro de mercadorias na importação -procedimento que verifica a exatidão dos dados declarados pelo importador-ou com o laudo pericial (que define a alíquota) fraudado.
A investigação indica que empresários pagavam propina a auditores da Receita e a despachantes para facilitarem o despacho aduaneiro.
A PF também diz suspeitar que o presidente do Porto Seco Sul de Minas, membro da holding Unecom (União das Empresas de Comércio Mundial), realizava pagamentos a servidores públicos para manter o esquema.
O delegado responsável pela operação, Marcílio Zocrato, vai indiciar pela prática dos crimes de sonegação e descaminho executivos de ao menos 15 empresas -que têm sede especialmente em São Paulo. Essas companhias atuam principalmente nos setores de informática e de peças de avião.
A Folha telefonou à Unecom e a atendente disse que a empresa ontem não se pronunciaria sobre o caso. Nenhum advogado dos presos foi localizado.


Colaborou ANDRÉA MICHAEL, da Sucursal de Brasília


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