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PERSPECTIVA
Mesmo no cenário mais otimista, Banco Mundial não acredita em redução no número de pobres
Pobreza não deve cair na AL, vê Bird
de Washington
Mesmo se os países da América
Latina começarem a associar o
crescimento econômico à distribuição de renda e forem favorecidos por um ambiente externo favorável, não conseguirão cumprir
metas internacionais de reduzir
pela metade a proporção de pobres na próxima década.
A conclusão é do Bird (Banco
Mundial), que, pela primeira vez,
fez estimativas sobre pobreza nos
países em desenvolvimento.
O Bird calculou suas estimativas
conforme dois cenários. No primeiro, o pessimista, previu a proporção de pobres na América Latina (e nos demais países emergentes) no ano de 2008 caso a região mantenha sua atual (in) capacidade de distribuir renda.
O número de pessoas absolutamente pobres (ganhando menos
de US$1 por dia) aumentaria de
78,2 milhões para 130,8 milhões.
No segundo cenário, prevendo
crescimento sustentado e políticas corretas de distribuição de
renda, o número cairia de 78,2
milhões para 74 milhões.
A redução seria insuficiente em
termos percentuais, caindo de
15,6% da população para 13,1%.
Brasil
Com relação à pobreza no Brasil, o Bird não trouxe números,
mas afirmou que "um terço dos
ganhos em redução de pobreza
conquistado pelo Plano Real foi
desfeito com a crise econômica
dos últimos dois anos". Segundo
o banco, o Brasil tem uma série de
programas de proteção social,
"mas muitos dos vulneráveis, especialmente no setor informal,
não estão protegidos".
O Bird disse ainda que as taxas
de desemprego no país mostraram uma preocupante elevação,
"alcançando recordes históricos
de 7% a 8% desde 1998, comparados com 3% e 4% em 1993/1996".
(MARCIO AITH)
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