São Paulo, Quarta-feira, 08 de Dezembro de 1999


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MERCADO FINANCEIRO

C-Bonds voltam a se valorizar no exterior

da Reportagem Local

Os C-Bonds, papéis da dívida externa brasileira mais negociados no exterior, mantiveram a tendência de alta iniciada em novembro e foram cotados acima de 70% de seu valor de face.
Os títulos foram negociados a 70,44% de seu valor de face, com ganho de 0,687 ponto percentual (0,44%) em relação ao fechamento de anteontem.
Os papéis já haviam atingido uma cotação acima de 70% em novembro. O ponto mais baixo do preço dos títulos neste ano ocorreu em 14 de janeiro, quando foram negociados a 48,875%.
Quanto menor o deságio do papel, maior é a confiança depositada na capacidade de pagamento do governo brasileiro.
O C-Bond vem se recuperando desde novembro, refletindo também uma revisão favorável do cenário econômico.
Os últimos dados da economia norte-americana, que diminuíram o temor do mercado de uma nova alta na taxa de juros dos EUA, contribuíram para a valorização dos papéis brasileiros.
No cenário interno, o dólar voltou a cair, atingindo a sua mais baixa cotação desde 11 de agosto. Ontem a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,860, com desvalorização de 0,42% em relação a anteontem.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com uma desvalorização de 0,30%, com 14.299 pontos e volume financeiro de R$ 738,082 milhões. O Ibovespa chegou a subir 1,15%, mas a realização de lucros no final do dia determinou a queda do índice.
Os juros no mercado futuro voltaram a subir, refletindo o resultado do leilão de LTNs e LFTs , cujas taxas ficaram acima do que esperava o mercado, e também a expectativa da divulgação dos próximos índices de inflação.
O lote de R$ 2,5 bilhões de LTNs de três meses teve juro máximo de 21,06% ao ano, contra os 20,98% do leilão da semana passada. Além disso, o Tesouro conseguiu vender apenas R$ 2,378 bilhões dos R$ 3,5 bilhões ofertados, o que pode indicar maior cautela dos investidores na aquisição de títulos de longo prazo.
O vencimento do DI de março, o mais negociado, passou de uma taxa anual de 21,51% no ajuste de anteontem para 21,75% no de ontem. (MAURO TEIXEIRA)


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