São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Caminho livre Em breve, o Pacífico ficará mais perto do Brasil. A saída brasileira para os países andinos e asiáticos começa a sair do papel e vai para a prática. A BM&F, pioneira nesse estudo junto com professores da USP e da FGV, anuncia novidades nos próximos dias: acordos com grandes construtoras nacionais. Governo entra na parada A Conab anunciou ontem que vai participar de um pré-projeto para escoamento de safra de grãos por ferrovia até o Pacífico. A proposta é recuperar as malhas ferroviárias de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul para levar grãos até o Chile. O governo quer a parceira dos chineses nesses investimentos. BNDES no Peru O Brasil procura várias portas para a rota do Pacífico. O BNDES financia rodovias no Peru e o Ministério dos Transportes está em busca de financiamento externos para esses projetos de saída para os mercados andinos e asiáticos. Estradas livres O presidente da Conab, Luis Carlos Guedes Pinto, anunciou também que o governo deverá investir R$ 200 milhões na recuperação de estradas utilizadas para o escoamento da safra agrícola. A Conab investirá, ainda, outros R$ 7 milhões na restauração de armazéns para garantir a estocagem da safra recorde deste ano. Controle maior O Canadá, que registrou em maio passado um caso de vaca louca, quer ampliar o número de testes em animais para detectar essa doença. O país deverá fazer anualmente 8.000 análises. Nos trilhos do agronegócio Adormecida nos últimos 30 anos, a indústria ferroviária nacional começa a despertar, em parte devido à boa evolução da produção brasileira de grãos. A Amsted-Maxion S.A., a única no setor de produção de vagões, deverá entregar 3.000 unidades neste ano, volume superior aos 2.000 de 2003 e 900% mais do que as 300 unidades de 2002. Transporte de grãos Das 5.000 unidades que deverão ser entregues pela Amsted-Maxion em 2003 e 2004, 40% serão destinadas a transporte de produtos agrícolas. Na lista das compradoras, estão líderes do setor de grãos como ADM e Caramuru. A privatização dos portos e das ferrovias permitiram as ampliações. Frete comparativo Oscar Beker, da Amsted-Maxion, diz que empresas agrícolas estão optando pelo transporte ferroviário devido aos custos menores. Ele acredita em ampliação da malha ferroviária, ficando aos caminhões percursos mais curtos. Produção de frango O Brasil produziu 8 milhões de toneladas de carne de frango no ano passado, 16,4% da produção mundial, diz o analista José Carlos Teixeira. As exportações e o aumento da participação brasileira para quase um terço das exportações mundiais foram decisivas para esse aumento, diz Teixeira. Entre os maiores O consumo brasileiro de frango é de 35,1 quilos per capita por ano, o que coloca o país entre os maiores consumidores mundiais. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado Financeiro: BC compra dólar, mas moeda cai 0,24% Próximo Texto: Retrato de família: Gasto em internet supera o em arroz e feijão Índice |
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