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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Exportação é a saída para o crescimento do varejo no país
A melhor saída para o varejo
se expandir no Brasil é a exportação, já que, no mercado interno, os índices de crescimento
têm sido muito baixos e as
chances de crescer são pequenas. O varejo precisa explorar o
binômio marca e canal próprio
de distribuição para desaguar
seus produtos no exterior.
Já existem algumas pequenas redes varejistas que começam a pôr o pé no exterior, mas
as iniciativas ainda são muito
pequenas. Entre esses exemplos, destacam-se O Boticário,
a calçadista gaúcha Via Uno e o
grupo catarinense Marisol, que
abriu lojas da Lilica Ripilica na
Europa. As grandes redes deveriam trilhar o mesmo caminho.
O diagnóstico é do consultor
Marcos Gouvêa de Souza, diretor geral da Gouvêa de Souza &
MD e um dos maiores especialistas em varejo no país. No
próximo sábado, ele levará um
grupo de 120 empresários varejistas do país para participar do
maior evento do setor no mundo, a 96ª Convenção Norte-Americana de Varejo, que se
realiza durante quatro dias em
Nova York.
Segundo Gouvêa de Souza,
no Brasil, são muitas as dificuldades para o mercado se expandir, a começar pela legislação
trabalhista e pelos encargos sociais, que oneram os custos da
mão-de-obra no setor.
Nos Estados Unidos, a legislação permite que se contrate o
trabalhador por hora, enquanto no Brasil, a jornada tem que
ser mensal. Se fosse por hora,
nas horas de maior movimento,
as lojas poderiam contratar
mais funcionários.
A excessiva carga tributária e
a informalidade no setor ajudam a piorar esse quadro. "São
muitos os grilhões a inibir no
Brasil as melhores práticas do
varejo", diz Gouvêa de Souza.
"Quem consegue ser competente no varejo no país é mestre
em qualquer outro lugar."
São essas restrições também
que deixam o varejo do Brasil
de fora da rota dos grandes investidores internacionais,
principalmente dos Estados
Unidos. As grandes redes americanas têm optado preferencialmente pelos mercados da China, da Rússia, da Índia, da
Cingapura e até do Vietnã.
Gaúcha lança fechadura com leitor digital
Acaba de ser lançada uma
fechadura que usa sistema
de abertura por leitor digital. O projeto é da gaúcha Soprano, que fez testes por dois anos para desenvolver o
mecanismo. A leitura é feita
com um laser, que envia sinal para o compartimento
onde está o dedo do usuário.
Batizada de Biométrica, a fechadura pode gravar até 138
impressões diferentes. Toda
a programação é feita a partir de botões e de uma pequena tela, sem fios ou conexões externas.
RECORDE
O Brasil superou a Austrália em 2006 e bateu o recorde em exportação de carne
bovina tanto em volume como em valor. Foram exportados 2,5 milhões de toneladas de carne, o equivalente a
US$ 4 bilhões em vendas.
Até 2005, a Austrália liderava o ranking em valor, embora já estivesse abaixo do
Brasil em volume desde
2003. Pratini de Moraes,
presidente da Abiec (a associação do setor), acha que,
em 2007, as exportações devem crescer mais de 10%,
em volume e em valor, principalmente se caírem os embargos que ainda existem da
União Européia, da Rússia e
do Chile para a carne de Mato Grosso do Sul, São Paulo e
Paraná. Pratini acaba de assumir o comando de um
conselho no governo de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de tentar acabar com o
embargo que ainda existe
para a carne local.
PASSO LARGO
A Asics, de calçados esportivos, entrou em 2007 com o pé
direito: inaugurou, neste mês, sua operação brasileira, toda
baseada em São Paulo. A novidade acontece depois de cinco
anos de contrato de licenciamento com a Azaléia. Para este
ano, a idéia é apostar nos produtos importados. Já em 2008,
parte da produção também deve ser nacionalizada. "Estamos escolhendo que parceiro vai cuidar da produção", afirma Christiano Coelho, diretor da marca. A maioria dos executivos da Asics no Brasil é formada por brasileiros, mas o
presidente é o japonês Yoshihiro Okada, que, por cinco anos,
acompanhou os negócios da marca no Brasil. A expectativa
de Okada é dobrar os negócios da Asics no país.
NOVO ENDEREÇO
Eduardo Karrer, ex-Petrobras e que preside atualmente a El Paso do Brasil,
muda de endereço ainda no
final deste mês. Ele irá presidir a Rio Polímeros, que
atualmente é comandada
por João Brandão. A Rio Polímeros é o pólo gás-químico
do Rio de Janeiro.
REPOSICIONAMENTO
Nos próximos dias, a Dix
Amico passará a assinar apenas Dix. Criada há três anos,
a Dix superou no ano passado a marca de R$ 800 milhões em faturamento. A
empresa pertence ao grupo
Amil, de Edson Godoy Bueno, que registrou, em 2006,
uma receita superior a R$ 4
bilhões, incluindo o resultado da Dix. Apesar do reposicionamento de marca, o
hospital Amico, que fica próximo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, manterá o mesmo nome.
PROTEÇÃO
Apenas 5% dos protetores solares e bronzeadores vendidos
no Brasil são adquiridos por cariocas, apesar do hábito de freqüentar praias. Os dados são de pesquisa da LatinPanel sobre o
consumo dos produtos no país.
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