São Paulo, sábado, 09 de janeiro de 2010

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outro lado

Fábrica diz que preço é menor que em 2008

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A fabricação de chapas para móveis é um mercado dominado por cinco grandes empresas. A Abipa (Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira), que representa o setor, não comenta a alta de preços.
Segundo a entidade, a política de preços é específica de cada fábrica, a depender do desempenho da produção dos últimos meses. A Folha ligou para as cinco empresas. Os grupos Duratex, Eucatex e Berneck não responderam aos pedidos de entrevistas.
Segundo a Fibraplac, do Rio Grande do Sul, o reajuste foi feito para recuperar as perdas de 2009, quando a crise econômica abalou o mercado.
"Houve uma absoluta renúncia de lucro de nossas empresas durante a crise. Esse ajuste não é de estranhar e não tem nada a ver com o IPI. É para recuperar as baixas da crise, estávamos no limite", disse o presidente da Fibraplac, Alberto Isdra. "Não foi um reajuste, foi um ajuste", completou.
Para Isdra, a isenção do IPI é necessária para ajudar o mercado a ter preços mais competitivos. "O governo reconheceu um erro secular de cobrar injustamente IPI. Essa isenção deveria ser permanente, as alíquotas são muito altas para um produto que é destinado às classes mais baixas", afirmou.
De acordo com a Masisa Brasil, filial de um grupo chileno, a empresa praticou em 2009 preços até 30% menores que em 2008. "No entanto, nossos custos continuaram subindo, o que nos forçou a realizar um pequeno reajuste nos preços, que hoje ainda ficam muito abaixo dos valores de 2008", disse por e-mail o diretor-geral da Masisa, Jorge Hillmann.
Segundo Hillmann, o aumento de preços simultaneamente à isenção do IPI foi só coincidência.
"Embora tenhamos buscado a redução do IPI desde o início de 2009, apenas por coincidência ela ocorreu no final do ano, concomitantemente ao reajuste nos preços dos painéis", afirmou o diretor-geral.


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