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SIGILO FISCAL
Justiça suíça afirma que órgão não podia passar dados do UBS
DA REDAÇÃO
A Justiça suíça afirmou
que o órgão regulador dos
mercados financeiros do país
(conhecido como Finma)
violou a lei ao determinar
que o UBS entregasse para os
EUA os dados bancários de
255 clientes do banco, em fevereiro do ano passado.
Segundo o órgão, a determinação foi feita porque o
UBS deveria ser processado
criminalmente nos Estados
Unidos, o que poderia levar à
quebra do maior banco do
país e desestabilizar o sistema financeiro, já que cogitava-se que ele deveria pagar
multa bilionária. O Departamento de Justiça norte-americano acusou o banco de facilitar a sonegação fiscal de
milhares de contribuintes.
Mas a Corte disse que apenas o governo e o Parlamento tinham poder para repassar os dados bancários. Na
ocasião do pedido dos EUA, o
governo suíço pediu que o
Finma fizesse todo o possível
para impedir que o UBS fosse
processado criminalmente,
mas não especificou quais as
ações que o órgão poderia tomar.
A Justiça disse que não há
nada que possa fazer para recuperar os dados entregues
aos EUA. O Finma ainda pode recorrer da decisão.
Em fevereiro do ano passado, o UBS concordou em entregar o nome de 255 clientes e em pagar US$ 780 milhões de multa para evitar o
processo penal. Porém, no
dia seguinte ao acordo, o governo americano entrou com
processo civil na Justiça para
forçá-lo a revelar os nomes
de 52 mil clientes dos Estados Unidos suspeitos de
manter contas secretas para
sonegar impostos.
Seis meses depois, foi fechado um acordo em que o
UBS e o governo suíço concordaram em revelar os dados de 4.450 clientes norte-americanos suspeitos de evasão para que o processo fosse
encerrado. Pelas contas deles, teriam sido movimentados cerca de US$ 20 bilhões.
Com agências internacionais
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