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Divisão de poder retarda anúncio de megapetroquímica
Fusão de ativos da Quattor na Braskem recupera
o poder da Petrobras na petroquímica brasileira
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A divisão de poderes entre o
grupo Odebrecht e a Petrobras
é a razão do atraso na divulgação da incorporação dos ativos
da Quattor na Braskem, prevista por negociadores para acontecer na última terça-feira.
O negócio criará uma companhia com receita anual de R$
30 bilhões e a oitava posição
mundial no mercado de resinas
plásticas. A companhia dominará 100% do mercado brasileiro das principais resinas, PE
(polietileno) e PP (polipropileno). A operação consistirá na
aquisição das ações de controle
da família Geyer na Unipar,
holding que controla os ativos
da Quattor Petroquímica.
As unidades industriais, produtoras de petroquímicos básicos e de resinas plásticas, serão
colocadas dentro da Braskem.
Essa empresa receberá uma capitalização entre R$ 3 bilhões e
R$ 4 bilhões e terá o controle
partilhado entre a Petrobras e o
grupo Odebrecht.
É essa configuração do acordo de acionistas, a partir do
qual se assentará o mando da
nova companhia, o ponto de
discussão que carece de um
consenso definitivo.
Diferentemente da posição
exercida pela Petrobras na petroquímica até agora (como
acionista minoritária na Braskem e na Quattor), a estatal terá poderes maiores. Por outro
lado, negociadores dizem que o
modelo não prevê a reestatização do setor petroquímico. O
grupo Odebrecht terá pouco
mais de 50% da nova empresa.
Enquanto as partes discutem
o ajuste final do acordo, a Petrobras anuncia medidas que
podem estar relacionadas à nova configuração acionária dentro da Braskem. Ontem, a estatal distribuiu comunicado ao
mercado no qual esclarece a
operação de transferência de
72.966.174 ações preferenciais
de emissão da Braskem, nas
mãos da Petroquisa (Petrobras
Química), para a WBW.
Em 31 de dezembro, a Petroquisa transferiu 59.014.254
ações ordinárias da Braskem
(31% dos papéis com direito a
voto) para a WBW. Com isso, o
braço petroquímico da Petrobras sai da participação do
principal ativo do setor no país.
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