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Dicas FolhaInvest
Mercado aguarda plano para bancos nos EUA
Ajuda ao setor financeiro pode acalmar investidores
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo plano do governo
americano -o primeiro da gestão de Barack Obama- para estabilizar o mercado financeiro
será o principal evento da semana. A expectativa é que as
medidas sejam anunciadas entre hoje e amanhã e que possam
sinalizar um fim para as perdas
dos bancos no mundo rico.
Também serão conhecidos
nesta semana novos dados de
atividade na maior economia
do mundo. Números como os
das vendas no varejo e o nível
de estoques das empresas no
país devem influenciar o desempenho das Bolsas.
A semana começa com o
mercado atento a dados da economia brasileira. Hoje será
apresentados a pesquisa industrial de emprego e salário, feita
pelo IBGE, e os indicadores da
indústria automobilística.
Nos EUA, amanhã será dia de
novo testemunho de Ben Bernanke, presidente do Fed, e de
Tim Geithner, novo secretário
do Tesouro, ao Congresso.
No mesmo dia também vai
ser apresentado o resultado dos
estoques no atacado, dado importante por indicar o ritmo do
consumo no país.
A quarta-feira terá no resultado do orçamento do Tesouro
dos EUA um evento relevante.
Ainda serão apresentados no
dia as solicitações de empréstimos hipotecários e os estoques
de petróleo norte-americanos.
E, na quinta-feira, analistas e
investidores vão estar atentos
aos dados dos novos pedidos de
auxílio-desemprego nos EUA
na primeira semana do mês.
Na sexta-feira passada, o Departamento do Trabalho dos
EUA divulgou que o número de
vagas eliminadas no país no
primeiro mês de 2009 alcançou
598 mil, maior nível desde
1974. A expectativa do mercado
era que o fechamento de postos
de trabalho tivesse ficado em
torno de 525 mil nesse mês.
Com a economia tão debilitada, cresceu a expectativa de que
os senadores americanos aprovem com urgência o pacote de
estímulo econômico do governo Obama -a votação deve
ocorrer entre hoje e amanhã.
Isso ajudou os mercados
acionários a reagirem na sexta-feira. Na semana passada, a Bovespa se destacou, ao registrar
valorização de 8,79%.
"Acreditamos que esse cenário de melhora possa continuar
na semana, quando as atenções
estarão voltadas para as decisões do Senado nos EUA [em
relação ao pacote de estímulo
econômico], com poucos dados
macroeconômicos para serem
divulgados", afirma Julio Martins, diretor da Prosper Gestão
de Recursos.
Inflação
Na agenda brasileira da semana, prévias dos índices de inflação vão ser conhecidas, dando sinal de como vai o ritmo dos
preços neste começo de ano.
Hoje vai ser conhecido o
IPC-S, medido pela FGV. Amanhã é a vez do IPC da Fipe. E, na
sexta, vai ser apresentado pela
FGV o IGP-10, para o qual se
espera elevação de 0,35%.
Também na última sexta, o
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) apresentou o resultado do IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que terminou janeiro em 0,48%. Em dezembro,
a taxa havia ficado em 0,28%.
O mercado contava com uma
taxa mais branda no primeiro
mês do ano, mais próxima de
uma faixa entre 0,35% e 0,40%.
"Esse resultado poderá estancar, no curto prazo, o movimento de queda que vinha sendo registrado para as projeções
anuais de mercado para o IPCA
em 2009", avaliou, em relatório, a LCA Consultores.
O IPCA é o índice de preços
utilizado pelo BC para monitorar a meta de inflação do governo. E, para os juros continuarem em queda, é importante
que a meta não seja ameaçada.
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