|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Planalto nega Leme
em diretoria do BC
da Sucursal de Brasília
O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que "não
procede" a informação de que o
economista Paulo Leme, vice-presidente do banco de investimentos
Goldman Sachs, em Nova York, tenha sido convidado para ocupar a
diretoria de Assuntos Internacionais do Banco Central.
"O presidente não tem conhecimento de que se cogita isso", disse
o porta-voz, que não disse quando
os nomes dos novos diretores serão anunciados.
Segundo a Folha apurou, Leme
foi a escolha do novo presidente do
BC, Armínio Fraga, para a diretoria encarregada de administrar as
reservas em dólar e as operações
no mercado de câmbio.
Embora não tenha havido uma
confirmação oficial, a entrada de
Leme no governo era dada como
certa até a quinta-feira da semana
passada.
Naquele dia, já se confirmava em
caráter reservado, no banco de investimentos Goldman Sachs, a saída de Leme da instituição rumo ao
BC.
Na sexta-feira, os entendimentos
com Leme retrocederam. Pesaram
contra o economista declarações
recentes suas sobre a crise brasileira e a defesa pública de medidas
polêmicas.
Em outubro do ano passado, por
exemplo, Leme receitou superpoderes para o presidente da República e a ampliação do programa
de privatizações para combater os
efeitos no Brasil da crise gerada pela moratória da Rússia.
Leme defendeu na época que o
Brasil adotasse o modelo venezuelano.
Em setembro do ano passado, o
Congresso da Venezuela concedeu
poderes especiais ao presidente
Rafael Caldera, que passou a legislar por decreto para apressar a redução do déficit público.
O economista disse ainda que
deveriam ser privatizados o Banco
do Brasil, a Caixa Econômica Federal e a Petrobrás.
Texto Anterior: Estado: Governo planeja enxugar mais os bancos federais Próximo Texto: Bancos: BB lucra R$ 870 milhões, com taxa de rentabilidade de 13,1% Índice
|