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PARCERIA
Negociação envolve governo do Brasil e estatal petrolífera, a PDVSA
Venezuela quer navios da Petrobras
DA SUCURSAL DO RIO
Numa negociação que envolveu os governos do Brasil e da Venezuela, a PDVSA, estatal petrolífera do país vizinho, encomendará 36 navios de grande porte a estaleiros brasileiros.
As obras consumirão investimentos estimados em US$ 3 bilhões, segundo o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria Naval e
Offshore), entidade que reúne os
estaleiros.
Para conseguir a encomenda, o
governo brasileiro se comprometeu a financiar a construção dos
navios com recursos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O banco, de acordo com o Sinaval, irá conceder o empréstimo diretamente ao comprador dos navios, no caso a PDV Marina, braço
logístico da PDVSA.
Os cinco estaleiros que devem
ratear as encomendas e que participarão de missão empresarial à
Venezuela na semana que vem,
na qual deve ser fechado o acordo,
terão de apresentar garantias de
desempenho durante a fase de
construção.
Participam da negociação os estaleiros Atlântico Sul (localizado
em Pernambuco e controlado pela Camargo Corrêa), Mauá-Jorong (Niterói-RJ), Eisa (Rio de Janeiro), Kapell-Fels (Angra dos
Reis-RJ) e Itajaí (Santa Catarina).
A expectativa é que os navios
comecem a ser entregues entre
2008 e 2009. Serão construídas no
Brasil 28 embarcações de grande
porte, com capacidade de transporte de 45 mil toneladas até 160
mil toneladas.
Os outros oito navios terão seu
casco feito no Brasil e o restante
da obra concluída na Venezuela.
No acordo, está prevista a transferência de tecnologia.
No lote encomendado, estão
desde grandes petroleiros até embarcações para o transporte de
GLP (gás de cozinha) e demais derivados de petróleo.
O Sinaval diz acreditar que a indústria naval está capacitada a
atender às encomendas, ainda
que tenha de passar pela chamada
"curva de aprendizado" da indústria (que ficou sucateada por mais
de uma década desde meados dos
anos 80) até chegar aos níveis de
competitividade dos estaleiros
asiáticos (coreanos, chineses e japoneses e de Cingapura).
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