|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Concessionárias de rodovias foram as mais rentáveis em 2007
No ano passado, o segmento
que registrou maior rentabilidade foi o de administração e
concessão de rodovias, segundo estudo elaborado pela Austin Rating sobre a rentabilidade
dos principais setores da economia no país.
O setor financeiro ficou em
14º lugar em rentabilidade, mas
foi também o que registrou o
maior lucro líquido em comparação aos demais segmentos.
Os 148 bancos somaram um lucro de R$ 33,2 bilhões.
Em segundo ficou o setor de
telecomunicações, que registrou um lucro total de R$ 19,4
bilhões, mas que acabou em 21º
em rentabilidade.
O indicador de rentabilidade
foi calculado a partir da relação
entre lucro líquido e patrimônio líquido. O trabalho da Austin Rating mediu o desempenho de 672 empresas de capital
aberto em 28 diferentes setores
da economia, a partir dos balanços no período de janeiro a
setembro do ano passado.
O setor de administração e
concessão de rodovias registrou, no ano passado, uma rentabilidade de 33,9%, apesar de
os valores serem pequenos. Esse desempenho, segundo a Austin Rating, está diretamente relacionado ao programa de privatização e concessão de rodovias, que foi retomado pelo governo FHC a partir da segunda metade dos anos
90, e teve continuidade, ainda
que modesta, no governo Lula.
A alta rentabilidade do setor
se explica pelo fato de as rodovias privatizadas estarem em
condições relativamente razoáveis de uso, o que não tornou necessário grandes investimentos. Além disso, o preço do
quilômetro rodado é um dos
maiores no mundo.
No ranking elaborado pela
Austin Rating, em segundo lugar em rentabilidade ficou o setor de bebidas e fumo, com
32,5%, e, em terceiro, siderurgia, com 24,8%. Segundo a consultoria, boa parte dessa alta
rentabilidade do setor de bebidas e fumo é explicada pelo elevado grau de concentração nos
dois segmentos: AmBev no setor de bebidas e Souza Cruz no
de fumo.
Já o setor de siderurgia foi
beneficiado tanto pelo crescimento mundial observado nos
últimos cinco anos quanto pela
expansão interna do crédito.
Outro destaque também,
nesse levantamento, foi o desempenho do setor industrial,
que ocupou a quarta colocação,
com rentabilidade de 23,6%. O
segmento, de acordo com a
Austin Rating, conseguiu se recompor depois do duro golpe
sofrido nos anos de 2001 e
2002, quando a economia foi
atingida pelo racionamento e
pela crise de confiança que aumentou as taxas de juros para
níveis bastante elevados.
Nos últimos quatro anos, o
setor industrial vem se recuperando devido à expansão das
empresas no mercado internacional e pela melhora do consumo doméstico, com a expansão
do crédito e o aumento da renda e do emprego.
Apesar dos lucros recordes
apresentados pelos grandes
bancos, o setor financeiro registrou uma rentabilidade de
apenas 12,5%. A Austin Rating
chama a atenção para o fato de
que o trabalho foi feito com os
balanços de 148 bancos, incluindo assim a rentabilidade
das pequenas e médias instituições. Se a pesquisa se restringisse aos grandes bancos, certamente o indicador seria bem
mais significativo.
De qualquer forma, a consultoria Austin Rating chama a
atenção para o fato de que o setor financeiro é um dos poucos
setores que se beneficiam de
um cenário macroeconômico
favorável ou não.
Só 4% das empresas se saem bem em sites de busca, afirma estudo
Segundo um estudo que pesquisou o desempenho das 50
empresas brasileiras que mais
investiram em publicidade em
2006, 96% delas não criam mecanismos eficientes para que os
buscadores da internet levem
os usuários aos seus sites. A
pesquisa foi feita pela .FOX
Networks, empresa ligada à
Fox International Channels, e
será divulgada nesta semana.
Os critérios para considerar
um site eficiente são a utilização correta de palavras-chaves
no código-fonte do site -em
linguagem eletrônica, as páginas descrevem a si próprias e
colocam títulos e palavras-chaves para identificá-las- ou de
links pagos nos buscadores.
De acordo com o estudo, 68%
dos sites não têm títulos otimizados nas páginas de busca, que
acontece quando o cliente paga
para que, a cada vez que um
usuário digita determinadas
palavras, veja seu link.
FILANTROPIA
Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, será a representante brasileira no primeiro Fórum Poder da Filantropia , em Miami, organizado pelo mexicano Emilio Azcárraga Jean, CEO da Televisa; no evento, direcionado para a elite, celebridades e empresários debaterão temas como a fama como fator de mudanças sociais e responsabilidade social na América Latina
TIRO DE META
A empresa de Juan Figer, que há 40 anos faz representação de jogadores de futebol como Robinho e Valdívia,
criou um braço focado em marketing esportivo. O momento é propício para empresas se aliarem ao futebol, segundo
Alan Cimerman, CEO da Figer. "Em junho, teremos os 50
anos da primeira Copa em que o Brasil foi campeão. E a
Copa no Brasil já está próxima para quem quer investir", diz.
A agência, presidida por Marcel Figer, já tem como clientes
Unimed Rio, Sony do Brasil, Secretaria dos Esportes do Rio e a
rede de academias Pelé Club. Na semana passada, a empresa
começou a negociar para fechar mais um cliente. A expectativa é encerrar 2008 com faturamento de R$ 13 milhões.
BIOMASSA
Felipe Barroso, que foi da
União Energia, funda a Bio
Energias Renováveis, que
investirá na produção de
energia a partir de biomassa.
Além de bagaço de cana-de-açúcar, a empresa vai utilizar capim-elefante e resíduos de madeira.
GESTÃO
Robert S. Kaplan ministra
palestra na terça-feira, no
Teatro Alfa, em São Paulo.
Kaplan é criador de metodologias de gerenciamento de
performance de empresas.
PAGAMENTO
Segundo a AmBev, a empresa bateu recordes de pagamento de tributos no ano
passado, com R$ 10 bilhões.
O aumento é atribuído à expansão da empresa e à contratação de funcionários.
DRAGÃO
O Conselho Empresarial
Brasil-China oferece palestra com foco nas relações comerciais com o país. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais agendou o treinamento, que já foi
feito por Vale e Sebrae.
com JOANA CUNHA, VERENA FORNETTI
Próximo Texto: Alta do PIB alcança expansão das empresas Índice
|