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Medida pode abrir porta para asiáticos, diz Abit
DA REPORTAGEM LOCAL
A substituição de produtos
importados dos Estados Unidos pode criar mais espaço para
a entrada de mercadorias asiáticas no mercado local.
Esse é o caso do segmento de
tecidos e vestuário, por exemplo, que há anos reclama da invasão dos concorrentes chineses. "Cerca de 25% do volume
total comprado pelo Brasil dos
itens do nosso ramo que estão
na nova lista de tributação vêm
dos EUA. E a nossa relação comercial com os americanos é
bastante saudável", diz Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção).
"Apoiamos a posição do governo de retaliar se não há
acordo. Mas preferiríamos uma
sanção positiva, como a abertura do mercado americano para
os nossos produtos."
Outro efeito colateral da retaliação é um aumento de preços dos produtos. Para Maria
Inês Dolci, coordenadora institucional da ProTeste, será o
consumidor que "pagará o preço da retaliação". "Certamente,
esse aumento nos impostos será repassado."
No setor automotivo, por
exemplo, a medida do governo
leva a um aumento de 35% para
50% na alíquota de importação
da carros dos EUA.
Atualmente, apenas BMW,
Mercedes-Benz e Chrysler importam carros dos Estados
Unidos. A Chrysler disse, por
meio de nota oficial, que está
"analisando a melhor maneira
de reduzir o impacto dessa medida". No ano passado, o país
importou dos EUA 2.141 unidades, ou 0,4% do total.
Para Antonio Britto, presidente da Interfarma (que representa a indústria farmacêutica), a maior preocupação do
setor, que importa dos EUA
princípios ativos de medicamentos como analgésicos e antibióticos, é com a qualidade.
"Há uma razão de qualidade
para importarmos dos EUA. Isso não se encontra em qualquer
lugar", afirmou.
(DENYSE GODOY E PAULO DE ARAUJO)
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