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MERCADO ABERTO
Nova Light crê em consolidação do setor
A nova Light será uma candidata natural a se tornar uma
grande "player" no setor de
distribuição de energia no
país. A afirmação é do futuro
presidente da empresa, José Luiz
Alquéres, responsável pela coordenação do consórcio Rio Minas
Energia, formado por Cemig,
Andrade Gutierrez, Pactual e JLA
(leia-se Aldo Floris), que comprou o controle da Light por US$
320 milhões no dia 28 de março.
Alquéres acha que o setor de
distribuição de energia no Brasil
irá viver o mesmo processo de
consolidação que começa a
acontecer nos EUA. A previsão é
que, em dez anos, o número de
concessionárias de energia nos
EUA caia das atuais 187 para apenas 15. Será um movimento contrário ao dos anos 30, quando o
setor foi dividido em oito companhias, as chamadas Baby Bells.
No Brasil, ocorrerá o mesmo,
diz. Das atuais 64 concessionárias, em dez anos, cairiam para
cinco a dez. Os principais "players" são a CPFL (Companhia
Paulista de Força e Luz), Equatorial, a Neoenergia, a Energia do
Brasil e a própria Cemig, que
participa do controle da Light.
Alquéres também inclui a Light
como uma das empresas a disputar uma fatia desse bolo. Tudo
depende, segundo ele, do desempenho operacional da empresa.
"Se a Light vencer esse desafio, a
empresa será uma agregadora
natural", diz. "Por ora, é uma
empresa com um grande desafio
financeiro e operacional."
Ele já definiu sua estratégia para a Light. Primeiro vai atacar os
problemas operacionais. Seus
principais objetivos serão os de
diminuir as perdas tanto na distribuição de energia como de
inadimplência.
As perdas da Light chegam a
24% do total de energia distribuída pela companhia, uma taxa
bastante elevada em relação à
media de 16% no país. A inadimplência, em torno de 5,5%, também é muito alta, levando-se em
conta a média nacional de 2,5%.
Para atacar esses problemas, a
empresa pretende investir cerca
de US$ 130 milhões ao ano, um
aumento de 30% em relação à
média dos últimos anos.
Se melhorar o desempenho
operacional, Alquéres diz que a
companhia terá fôlego suficiente
para enfrentar o problema financeiro -sua dívida é calculada
em US$ 1 bilhão.
Alquéres considera normal a
queda no preço das ações da
Light e da Cemig depois da venda
da distribuidora. O controle da
empresa foi comprado pela Rio
Minas e Energia por um valor
correspondente a R$ 6 por ação,
enquanto o mercado negociava a
R$ 18. O que ocorreu foi um ajuste no preço da ação.
Moda é "faminta", diz consultor
A moda, no Brasil, é mais
"faminta". O diagnóstico é de
Larry Nippon, presidente de
marketing para as Américas
da consultoria internacional
de tendências WGSN, que esteve no Brasil na última semana. Leia trechos da entrevista.
MERCADO BRASILEIRO - O
Brasil é um dos nossos melhores mercados hoje. Fazemos
mais negócios aqui do que na
Itália, por exemplo, pelo simples fato de que os profissionais são mais abertos à informação. Este é um novo país, as
pessoas são mais "famintas".
MODA E SENSUALIDADE - A
moda brasileira está totalmente focada na sensualidade. E isso acontece de duas
maneiras, com a influência da
sensualidade sobre a moda e
vice-versa.
TECNOLOGIA X CRIATIVIDADE
- Não acredito que a internet
ofereça desvantagens para a
moda. Quando ela não existia,
as pessoas já copiavam muito
umas às outras. Agora, as pessoas têm acesso a muita informação, e isso cria diferentes
abordagens. Tudo é mais rápido e mais competitivo. A tecnologia tem impacto na criatividade.
DIQUE SECO
O consórcio Estaleiros Rio
Grande, sob liderança da construtora paulista WTorre, ganhou
a licitação para erguer o primeiro
dique seco de grandes proporções no país, na cidade de Rio
Grande (RS). O valor da obra,
que permitirá o reparo de plataformas de exploração de petróleo, é de R$ 200 milhões.
LAÇOS TURÍSTICOS
A aérea BRA continua a reforçar sua presença no turismo.
Acaba de inaugurar um resort
em Campina Grande (PB), o 11º
empreendimento da rede de hotéis HWF, do mesmo grupo. A
unidade, em parceria com o governo do Estado, teve investimento de R$ 40 milhões.
DE CARONA NA COPA
A demanda corporativa por conta da Copa do Mundo tem impulsionado as vendas da Roxos e Doentes, uma das maiores redes de varejo de artigos de futebol do país. Em três meses, ela já alcançou a meta inicial de venda de 10 mil camisas da seleção brasileira, prevista para ser atingida em junho -quando começa a competição. A projeção
agora é chegar à marca de 20 mil camisas negociadas a empresas.
ENCONTRO
O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, recebe na terça o presidente da Abimaq (indústria de
máquinas), Newton de Mello,
em Brasília. Será a primeira reunião após vários contatos durante o mandato de Mantega à frente do BNDES, principal financiador da indústria de base.
RAIO-X DA JUSTIÇA
A forma como ocorrem as decisões das cortes superiores será
tema de uma edição especial sobre a Justiça no país. Resultado
de parceria da Análise Editorial
com o site "Consultor Jurídico",
a publicação apresentará as 200
mais importantes decisões do
STF e do STJ nos últimos anos e
os pareceres dos ministros.
CLASSE ESPECIAL
O Sindifumo SP (sindicato do setor) irá defender "junto" ao governo e ao Congresso a criação de uma classe especial para comportar as
pequenas indústrias de cigarro. A decisão tem como base análise recém-concluída pela Fipecafi, segundo a qual a regressividade da atual
tributação do IPI provoca uma carga tributária proporcionalmente
maior sobre os cigarros industrializados vendidos a preço menor.
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