DA REDAÇÃO

DA FOLHA ONLINE

Autoridades bolivianas anunciaram ontem que o fornecimento de gás natural para o Brasil só poderá ser regularizado em um prazo de duas a três semanas.
O abastecimento de gás proveniente da Bolívia foi reduzido após estragos em um duto causados pelas chuvas que atingiram o Sul do país na semana passada.
Devido ao problema, o governo brasileiro decidiu adotar anteontem um plano de contingenciamento de gás natural.
O Ministério de Minas e Energia anunciou a redução provisória em 72% no suprimento de gás para usinas termelétricas. A Petrobras, responsável pelo duto na Bolívia, diminuiu em 51% o consumo de gás nas suas refinarias.
O plano do governo também prevê a redução de até 12% no suprimento das distribuidoras estaduais, que levam o gás a indústrias e residências. Segundo o ministério, essa etapa do plano pode entrar em vigor nesta semana.
O Ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, conversou por telefone com o ministro boliviano Andrés Solis, que se comprometeu em dar suporte para que a recuperação do duto seja acelerada.

Reparos
O duto que se rompeu com a chuva é utilizado para o transporte de um condensado (gás líquido). O gasoduto que traz gás natural para o Brasil não foi comprometido. Mas, como a exploração do condensado teve de ser reduzida, a produção de gás, que é realizada junto com a do condensado, também foi prejudicada.
O problema se agravou porque o reparo era impedido por bloqueios de estradas feitos por bolivianos contrários à forma de repasse de royalties às áreas onde estão os campos. Segundo o governo boliviano, os protestos acabaram ontem, após a assinatura de um acordo com as Províncias.


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