São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

PERDAS
A renda da lavoura estava em R$ 153,8 bilhões em março, segundo o coordenador-geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques. O valor mostra queda de 6,4% em relação aos R$ 164,4 bilhões de setembro, no agravamento da crise.

RECUPERAÇÃO
Nos últimos meses, com a melhora nos preços, houve recuperação na renda. O valor de março é 2% superior ao de janeiro, quando a renda havia caído para R$ 151 bilhões.

ONDE CAI
Em comparação a 2008, as maiores quedas ficam para trigo (29,6%), milho (24,6%) e algodão (22,1%). As altas são para amendoim (43,8%) e arroz (23,4%).

INSISTÊNCIA
A insistência dos exportadores de carne bovina na recuperação dos mercados da União Europeia e do Chile tem motivos. Com esses mercados abertos, o país teria exportado US$ 7 bilhões em 2008. Sem eles, ficou em US$ 5,3 bilhões.

PENSAR UNIDOS
A América Latina, sustentada em boa parte por commodities agrícolas, deve pensar unida em uma saída dessa crise, segundo o ex-ministro Pratini de Moraes. Ele coordena encontro do Ceal (Conselho Empresarial da América Latina) neste mês no Rio de Janeiro, onde serão discutidas essas questões.

MENOS BUROCRACIA
O presidente da Ocesp (organização das cooperativas paulistas), Edivaldo Del Grande, espera que a troca de comando no Banco do Brasil (ver pág. B1) traga mais agilidade no relacionamento do banco com os produtores. Diversas operações de crédito ficaram emperradas na burocracia da instituição nos últimos anos, segundo ele.

MERCADO INVERTIDO
Os preços da soja da safra de 2008 estão mais aquecidos do que os da de 2009. O contrato de maio (que comercializa a safra 2008/9) paga pelo menos US$ 2 a mais por saca do que o de novembro (safra 2009/10). Esse efeito é chamado de "mercado invertido".

ANTECIPAÇÃO
O mercado se antecipa à redução de estoques norte-americanos, já que a China continua com apetite voraz nas importações, diz Fernando Muraro, da AgRural. Nesta safra, os chineses importaram 17 milhões de toneladas, ante 12 milhões no período anterior.

ESTOQUES
Para Muraro, o Departamento de Agricultura dos EUA deve reduzir os estoques do país para 4,6 milhões de toneladas na avaliação mensal do setor, a ser feita hoje.


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