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MERCADO FINANCEIRO
Queda do dólar valoriza ações de empresas de energia, endividadas na moeda; Ibovespa cai 0,27%
Bolsa realiza lucro, mas elétricas sobem
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda das Bolsas dos Estados
Unidos e a realização de lucros fizeram o Ibovespa fechar em baixa
de 0,27%, aos 12.920 pontos. Segundo analistas, depois da alta de
2,47% anteontem, quando o índice fechou no maior nível do ano,
era esperado que alguns investidores vendessem seus papéis para
embolsar os lucros, o que levaria a
Bolsa a cair.
Nos EUA, a Nasdaq (Bolsa eletrônica de ações de empresas de
tecnologia) fechou com baixa de
1,13%. O índice Dow Jones, da
Bolsa de Nova York, caiu 0,81%.
O destaque do pregão foram as
empresas de energia. O índice que
mede a variação das ações do setor fechou em alta de 2,4%.
Como essas empresas têm um
grande volume de dívidas em dólar, a queda na cotação da moeda
norte-americana observada nos
últimos meses faz seu endividamento diminuir significativamente.
Os maiores destaques foram as
ações PNB da Eletrobras, que se
valorizaram em 4,8%. Em seguida
vieram as ações preferenciais da
Cesp, com alta de 4,5%, e as PNBs
da Copel, que subiram 4,1%.
Rumores de que os resultados
do primeiro trimestre da Telesp
(Telefônica) virão abaixo do esperado pelos analistas fizeram as
ações preferenciais da empresa
fecharem em baixa de 2,6%. Segundo eles, a empresa deve aproveitar seus recursos para diminuir
seu endividamento.
Juros
A divulgação anteontem de que
a inflação está no menor nível dos
últimos dez meses continuou a
derrubar as taxas dos contratos de
juros negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas),
os preços subiram 0,57% em abril
em São Paulo. Como o número
veio abaixo da previsão de alguns
analistas, aumentou no mercado
a expectativa de que o Copom
(Conselho de Política Monetária
do Banco Central) reduza os juros
na sua próxima reunião.
Nos últimos dois dias, o contrato DI (que consideram os juros
praticados entre bancos) que vence em outubro acumula queda de
1,57% na sua taxa de juros. As taxas anuais passaram de 24,86%
na terça-feira para 24,47%.
Os juros dos contratos com vencimento em janeiro de 2004 passaram de 24,21% ao ano para
23,58% ontem -queda de 2,60%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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