São Paulo, quarta-feira, 09 de maio de 2007

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Itaú tem lucro de R$ 1,9 bi e ultrapassa rival Bradesco

Resultado é 30% superior ao do 1º tri de 2006 e recorde para bancos privados no período

Carteira total de crédito da instituição teve uma alta de 40%; consolidação da compra do BankBoston também ajudou no balanço


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao apresentar lucro líquido de R$ 1,902 bilhão no 1º trimestre deste ano, o Itaú surpreendeu e bateu o Bradesco, que teve lucro de R$ 1,705 bilhão no período. Com uma vigorosa expansão de sua carteira de crédito, o Itaú Holding Financeira apresentou resultado 30,3% superior ao registrado em igual período de 2006.
Foi o melhor resultado já registrado dentre os bancos privados que operam no país, no período de janeiro a março, nas últimas duas décadas, segundo a consultoria Economática.
O balanço do Itaú trouxe a consolidação da aquisição das operações do BankBoston no Brasil, no Chile e no Uruguai, realizadas em 2006 -fator que influenciou positivamente seus resultados. "Nesse primeiro balanço de 2007, trouxemos as operações com o BankBoston totalmente consolidadas", diz Silvio de Carvalho, diretor-executivo de controladoria do Itaú.
O mercado projetava que o lucro do Itaú ficasse em torno de R$ 1,68 bilhão, como mostrou pesquisa realizada pela agência Reuters.
A carteira total de crédito da instituição financeira, incluindo avais e fianças, saltou 40% em 12 meses e encerrou março com R$ 101,07 bilhões.
O crédito destinado à pessoa física mostrou sua relevância para o crescimento dos resultados do Itaú: cresceu 50,6% entre março de 2006 e março de 2007, alcançando R$ 46,4 bilhões. O segmento de financiamento de veículos foi destaque, com elevação de 59,3% no período, chegando aos R$ 19,83 bilhões.
Junto à expansão consistente de sua carteira de crédito, o Itaú mostrou recuo na taxa de inadimplência. As operações do BankBoston também ajudaram nessa melhora.
A taxa de inadimplência da carteira de crédito recuou de 5,3% em dezembro para 5% em março último.
"Não estamos esperando uma diminuição grande da inadimplência. Deve ainda recuar um pouco, oscilando entre 4,5% e 5%", diz Carvalho. "Tivemos um crescimento maior da inadimplência no primeiro semestre de 2006, que nos fez tomar uma série de medidas e ser mais cautelosos [na concessão de crédito]", completou o executivo.
No caso da financeira do banco, a Taií, a inadimplência é bem mais elevada, alcançando os 15,8% nas operações com atraso acima de 60 dias. "Esse é um mercado muito diferente, com crédito de risco muito maior", disse Carvalho.
Para pessoa jurídica, houve uma forte ampliação da carteira dirigida às micro, pequenas e médias empresas. No segmento, houve elevação de 77,6% na carteira em 12 meses, para fechar o 1º trimestre com R$ 24,39 bilhões.
As receitas de prestações de serviços (onde são computadas cobranças de tarifas e outras taxas) ficaram em R$ 2,421 bilhões no primeiro trimestre do ano, o que representou aumento de 14,1% em relação ao mesmo período de 2006.


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