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Itaú tem lucro de R$ 1,9 bi e ultrapassa rival Bradesco
Resultado é 30% superior ao do 1º tri de 2006 e recorde para bancos privados no período
Carteira total de crédito da instituição teve uma alta de 40%; consolidação da compra do BankBoston também ajudou no balanço
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao apresentar lucro líquido
de R$ 1,902 bilhão no 1º trimestre deste ano, o Itaú surpreendeu e bateu o Bradesco, que teve lucro de R$ 1,705 bilhão no
período. Com uma vigorosa expansão de sua carteira de crédito, o Itaú Holding Financeira
apresentou resultado 30,3%
superior ao registrado em igual
período de 2006.
Foi o melhor resultado já registrado dentre os bancos privados que operam no país, no
período de janeiro a março, nas
últimas duas décadas, segundo
a consultoria Economática.
O balanço do Itaú trouxe a
consolidação da aquisição das
operações do BankBoston no
Brasil, no Chile e no Uruguai,
realizadas em 2006 -fator que
influenciou positivamente seus
resultados. "Nesse primeiro
balanço de 2007, trouxemos as
operações com o BankBoston
totalmente consolidadas", diz
Silvio de Carvalho, diretor-executivo de controladoria do Itaú.
O mercado projetava que o
lucro do Itaú ficasse em torno
de R$ 1,68 bilhão, como mostrou pesquisa realizada pela
agência Reuters.
A carteira total de crédito da
instituição financeira, incluindo avais e fianças, saltou 40%
em 12 meses e encerrou março
com R$ 101,07 bilhões.
O crédito destinado à pessoa
física mostrou sua relevância
para o crescimento dos resultados do Itaú: cresceu 50,6% entre março de 2006 e março de
2007, alcançando R$ 46,4 bilhões. O segmento de financiamento de veículos foi destaque,
com elevação de 59,3% no período, chegando aos R$ 19,83
bilhões.
Junto à expansão consistente de sua carteira de crédito, o
Itaú mostrou recuo na taxa de
inadimplência. As operações
do BankBoston também ajudaram nessa melhora.
A taxa de inadimplência da
carteira de crédito recuou de
5,3% em dezembro para 5% em
março último.
"Não estamos esperando
uma diminuição grande da inadimplência. Deve ainda recuar
um pouco, oscilando entre
4,5% e 5%", diz Carvalho. "Tivemos um crescimento maior
da inadimplência no primeiro
semestre de 2006, que nos fez
tomar uma série de medidas e
ser mais cautelosos [na concessão de crédito]", completou o
executivo.
No caso da financeira do banco, a Taií, a inadimplência é
bem mais elevada, alcançando
os 15,8% nas operações com
atraso acima de 60 dias. "Esse é
um mercado muito diferente,
com crédito de risco muito
maior", disse Carvalho.
Para pessoa jurídica, houve
uma forte ampliação da carteira dirigida às micro, pequenas e
médias empresas. No segmento, houve elevação de 77,6% na
carteira em 12 meses, para fechar o 1º trimestre com R$
24,39 bilhões.
As receitas de prestações de
serviços (onde são computadas
cobranças de tarifas e outras taxas) ficaram em R$ 2,421 bilhões no primeiro trimestre do
ano, o que representou aumento de 14,1% em relação ao mesmo período de 2006.
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