São Paulo, Domingo, 09 de Maio de 1999
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PAINEL S/A

Nas garras do Leão
Os casos Marka e FonteCindam devem se esgotar nesta semana. A CPI dos Bancos pretende seguir as pistas dos lucros dos fundos de investimento e de como "somem" com o dinheiro para não pagar Imposto de Renda. Os senadores acreditam que se alguém for pego será por crime fiscal.

Por falta de provas
Membros dos mais atuantes da CPI dos Bancos (oposição incluída) concluíram: é inútil perseguir se houve vazamento de informação privilegiada antes da mudança cambial. Será uma listagem de indícios inconclusos, dizem eles.

Fim da linha
Para o mercado, a CPI já acabou. Não trará mais nada de novo.

Operações suspeitas
O senador Eduardo Suplicy suspeita de manipulação no mercado de câmbio em janeiro com operações feitas para serem liquidadas em março. O BC gastou cerca de US$ 4 bilhões nessas operações. Ele quer que a CPI investigue.

Risco de cartelização
Aumenta a concentração no setor de seguros, segundo informações da federação dos corretores. São mais de cem empresas no país, mas apenas quatro faturam mais da metade do total do mercado.

Briga de gente grande
No topo do duelo entre as seguradoras, a Bradesco ameaça a liderança da Sul América.

Mudança em marcha
A classe média já é dominante no Brasil, diz o cientista político Sérgio Abranches. Se o país crescer 4% ao ano, em cinco anos a classe média atinge 60% da população.

Apressando a queda
A Fiesp acredita que há condições para uma queda vigorosa dos juros, diz a diretora Clarice Seibel. O resultado seria uma melhor relação dívida líquida sobre o PIB, ou seja, um maior grau de solvência do setor público, afirma.

Saem uns, entram outros
Cresce o consenso na comissão especial de reforma tributária de que será necessário adotar um imposto seletivo (sobre cigarros, bebidas, carros, combustíveis, energia elétrica e telecomunicações) para não deixar a arrecadação cair.

Lá vem chumbo
Os grandes consumidores de energia abominam a idéia. Dizem que a energia elétrica representa cerca de 40% do custo de produção de gases industriais, de alumínio, de ferro-ligas etc. E que um imposto inviabilizaria as exportações.

Previsão otimista 1
Os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 31,2 bilhões entre março de 98 e março último. Estudo da consultoria Macroanálise, do Rio, prevê que o volume ultrapasse os US$ 20 bilhões em 99.

Previsão otimista 2
Um desempenho como esse, diz o estudo, permite o financiamento do déficit em conta corrente (resultado do que entra e sai do país) e reduz a dependência do aumento das exportações.

Contraponto
O banco Fator prevê que os investimentos diretos do exterior serão de US$ 15 bilhões em 99. E o déficit em conta corrente, de US$ 21,8 bilhões. As contas melhoram se as exportações crescerem ou se o governo captar mais no exterior.

Críticos afiados
O apelido de Geraldo Brindeiro entre advogados é "engavetador geral da República".

E-mail: painelsa@uol.com.br


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